Elon Musk tem um problema de produção
A Tesla revê que a produção de 2016 ficará em torno de 1.600 a 1.800 carros por semana ou aproximadamente entre 83.200 e 93.600 por ano
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2015 às 15h10.
As pessoas gostam tanto dos carros elétricos da Tesla que as fábricas não conseguem montá-los rápido o suficiente. A maioria das empresas gostaria de estar nesse lugar. Mas, para a Tesla, a questão está se tornando um problema.
O CEO Elon Musk divulgou ontem os resultados trimestrais da Tesla e deu informações atualizadas sobre o rumo da empresa, que cresce rapidamente. Eis algumas áreas que poderiam sofrer um atraso:
* A Tesla recuou diante de sua projeção de vendas de veículos para o ano completo. A companhia pretende fornecer de 50.000 a 55.000 automóveis neste ano. A meta anterior era de 55.000, sem a faixa inferior.
* A potencial escassez se deve a possíveis atrasos em torno do SUV futurista e completamente elétrico da companhia, o Model X. Esse veículo – originalmente pensado para chegar ao mercado em 2014 – está programado para começar a ser entregue em setembro, com um aumento da produção no quarto trimestre. A Tesla advertiu que qualquer atraso provocado por um único fornecedor faria com que a empresa recuasse 800 veículos por semana.
* Há outra complicação: a Tesla advertiu que a transição para fabricar o Model X poderia desacelerar a produção do emblemático sedã da companhia, o Model S.
* A Tesla Energy, a nova unidade de armazenamento de bateria da empresa, também parece estar flexibilizando seu cronograma. A companhia pretende iniciar a produção “neste trimestre”, com promessas de acelerar o ritmo do quarto trimestre em diante. Quando anunciou suas novas baterias de armazenamento Powerwall em maio, a Tesla disse que as remessas começariam “no terceiro trimestre”. Musk disse que a companhia “praticamente vendeu tudo o que poderá fabricar em 2016”.
Talvez esses sejam pequenos reveses e os investidores devam se concentrar no panorama geral. Talvez a empresa esteja decepcionando um pouco, reduzindo as expectativas para superá-las depois.
Mas esse problema não é novo para Musk. O homem que revolucionou os carros elétricos, as viagens espaciais particulares e a energia solar com painéis de teto é famoso por fazer promessas exageradas em relação ao momento em que provocará uma ruptura em todo o setor – quase tanto quanto ele é conhecido por acabar conseguindo.
A pergunta é se a soma desses pequenos reveses vai pesar sobre os objetivos de longo prazo dele, em que se baseia a avaliação de mercado da empresa, US$ 34 bilhões.
Musk quer passar de vender 50.000 carros neste ano para 500.000 em 2020, depois que lançar o Tesla mais acessível para o mercado massivo, o Model 3, que está (atualmente) programado para chegar ao mercado por volta do fim de 2017.
“Passar daqui para 500.000 carros por ano é um salto muito menor do que o que demos nos últimos cinco anos”, disse Musk, em uma teleconferência com os investidores.
Para alcançar esse objetivo, Musk praticamente precisaria dobrar a produção a cada ano. A Tesla agora prevê que a produção no próximo ano ficará em torno de 1.600 a 1.800 carros por semana (somados Model S e Model X), ou aproximadamente entre 83.200 e 93.600 por ano.
Isso implica um crescimento anual de 51 por cento a 87 por cento. Uma vez mais, impressionante, mas não exatamente dentro do prazo.
As pessoas gostam tanto dos carros elétricos da Tesla que as fábricas não conseguem montá-los rápido o suficiente. A maioria das empresas gostaria de estar nesse lugar. Mas, para a Tesla, a questão está se tornando um problema.
O CEO Elon Musk divulgou ontem os resultados trimestrais da Tesla e deu informações atualizadas sobre o rumo da empresa, que cresce rapidamente. Eis algumas áreas que poderiam sofrer um atraso:
* A Tesla recuou diante de sua projeção de vendas de veículos para o ano completo. A companhia pretende fornecer de 50.000 a 55.000 automóveis neste ano. A meta anterior era de 55.000, sem a faixa inferior.
* A potencial escassez se deve a possíveis atrasos em torno do SUV futurista e completamente elétrico da companhia, o Model X. Esse veículo – originalmente pensado para chegar ao mercado em 2014 – está programado para começar a ser entregue em setembro, com um aumento da produção no quarto trimestre. A Tesla advertiu que qualquer atraso provocado por um único fornecedor faria com que a empresa recuasse 800 veículos por semana.
* Há outra complicação: a Tesla advertiu que a transição para fabricar o Model X poderia desacelerar a produção do emblemático sedã da companhia, o Model S.
* A Tesla Energy, a nova unidade de armazenamento de bateria da empresa, também parece estar flexibilizando seu cronograma. A companhia pretende iniciar a produção “neste trimestre”, com promessas de acelerar o ritmo do quarto trimestre em diante. Quando anunciou suas novas baterias de armazenamento Powerwall em maio, a Tesla disse que as remessas começariam “no terceiro trimestre”. Musk disse que a companhia “praticamente vendeu tudo o que poderá fabricar em 2016”.
Talvez esses sejam pequenos reveses e os investidores devam se concentrar no panorama geral. Talvez a empresa esteja decepcionando um pouco, reduzindo as expectativas para superá-las depois.
Mas esse problema não é novo para Musk. O homem que revolucionou os carros elétricos, as viagens espaciais particulares e a energia solar com painéis de teto é famoso por fazer promessas exageradas em relação ao momento em que provocará uma ruptura em todo o setor – quase tanto quanto ele é conhecido por acabar conseguindo.
A pergunta é se a soma desses pequenos reveses vai pesar sobre os objetivos de longo prazo dele, em que se baseia a avaliação de mercado da empresa, US$ 34 bilhões.
Musk quer passar de vender 50.000 carros neste ano para 500.000 em 2020, depois que lançar o Tesla mais acessível para o mercado massivo, o Model 3, que está (atualmente) programado para chegar ao mercado por volta do fim de 2017.
“Passar daqui para 500.000 carros por ano é um salto muito menor do que o que demos nos últimos cinco anos”, disse Musk, em uma teleconferência com os investidores.
Para alcançar esse objetivo, Musk praticamente precisaria dobrar a produção a cada ano. A Tesla agora prevê que a produção no próximo ano ficará em torno de 1.600 a 1.800 carros por semana (somados Model S e Model X), ou aproximadamente entre 83.200 e 93.600 por ano.
Isso implica um crescimento anual de 51 por cento a 87 por cento. Uma vez mais, impressionante, mas não exatamente dentro do prazo.