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Eletrobras nega acesso a resultado de pesquisa sobre privatização

A empresa negou à Reuters acesso aos resultados de pesquisas de opinião pública sobre a proposta de privatizar a companhia

Eletrobras: o governo do presidente Michel Temer tem a proposta de privatizar a companhia ainda neste ano (Nadia Sussman/Bloomberg)

Eletrobras: o governo do presidente Michel Temer tem a proposta de privatizar a companhia ainda neste ano (Nadia Sussman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 15 de março de 2018 às 11h31.

Última atualização em 15 de março de 2018 às 12h30.

São Paulo - A Eletrobras negou à Reuters acesso aos resultados de pesquisas de opinião pública sobre a proposta do governo do presidente Michel Temer de privatizar a companhia ainda neste ano, após um pedido de divulgação dos dados realizado via Lei de Acesso à Informação.

Os levantamentos solicitados pela Reuters foram apresentados recentemente ao governo pelo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., durante reunião para discutir uma possível campanha promocional para defender a desestatização da companhia, que vem sofrendo forte oposição de sindicalistas e de grupos de políticos, muitos deles até mesmo da base aliada de Temer.

As pesquisas foram realizadas pela RP Brasil Comunicações, da FSB Comunicação.

"Trata-se de informação estratégica da Eletrobras... vale ressaltar que a divulgação de informações a respeito do contrato com a RP é tão sensível que pode trazer prejuízos ao denominado processo de democratização", afirmou em nota a Eletrobras, em referência à privatização da companhia, que o governo vem chamando de "democratização do capital" da elétrica.

Para não abrir os dados, a Eletrobras disse que se baseou em trecho do decreto que regulamentou a Lei de Acesso à Informação, segundo o qual a obrigatoriedade de divulgação não se aplica a "hipóteses de sigilo previstas na legislação, como fiscal, bancário, de operações e serviços no mercado de capitais, comercial, profissional, industrial e segredo de justiça".

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