Eletrobras contrata banco para vender ativos da Eletrosul
Estatal contratou o Credit Suisse para prestar consultoria em planos de venda, segundo duas fontes com conhecimento do assunto
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2016 às 13h18.
São Paulo/Rio de Janeiro - A estatal Eletrobras contratou o banco Credit Suisse para prestar consultoria em um plano para a venda de ativos de sua subsidiária Eletrosul , que incluem linhas de transmissão de energia e usinas eólicas , afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento direto do assunto.
Segundo as fontes, que falaram sob a condição de anonimato, a companhia espera levantar cerca de 2 bilhões de reais com a venda total ou parcial dos ativos.
A Eletrosul possui cerca de 1.000 megawatts em usinas eólicas próprias no Rio Grande do Sul, além de 400 megawatts junto a parceiros.
Os ativos à venda incluiriam parte dessas usinas e um lote de linhas de transmissão que a companhia arrematou em leilão, mas ainda não tiveram obras iniciadas.
O objetivo da transação é melhorar o caixa da empresa e dar fôlego para outros projetos prioritários, afirmou uma das fontes.
Procurados, o Credit Suisse, a Eletrobras e a Eletrosul não comentaram o assunto.
Às 13:01, as ações preferenciais da Eletrobras operavam em alta de 1,9 por cento, enquanto as ordinárias caíam 0,7 por cento. O Ibovespa subia 1,99 por cento.
A tarefa, no entanto, pode não ser simples em momento de crise no país e queda na demanda de energia, combinada ainda a uma ampla gama de ativos à venda no setor elétrico do Brasil, especialmente em geração.
Esses desafios podem levar a companhia a trabalhar com a possibilidade de parte dos desinvestimentos não ocorrer neste ano, admitiu a fonte.
"A ideia é vender parte dos parques (eólicos) e parte da linha da transmissão que ainda não foi feita", disse a fonte.
Com a venda de parte da concessão na linha de transmissão, a Eletrosul quer levantar 1,5 bilhão de reais, enquanto o restante viria das eólicas.
Como a linha é bastante longa, cortando o Sul do país, a concessão poderia até ser dividida em lotes menores, visando facilitar a negociação, segundo a fonte.
"É preciso fazer (a venda), bancos já foram consultados, até para a Eletrosul ter fôlego para fazer outros investimentos em geração e transmissão", disse a fonte.
Mas, diante das condições do mercado, não há urgência nas negociações.
"Tem que ver do ponto de visto político e econômico, o mercado não está receptivo nesse momento. Será feito sem pressa e não será de qualquer forma." A fonte afirmou que, com isso, parte das vendas poderia ser feita neste ano e o restante no ano que vem.
"Tem muitos agentes vendendo ativos. Tem muita oferta e quem tem dinheiro pode comprar bem. Como é um dinheiro para investir, a companhia não está com a faca no pescoço", completou.
A própria Eletrobras deverá realizar brevemente o leilão de privatização de uma de suas distribuidoras de energia, a Celg-D, de Goiás, além de ter anunciado planos de vender outras de suas concessionárias de distribuição.
A estatal chegou a apresentar em assembleia no final do ano passado um plano para vender todas suas sete distribuidoras em 2016, mas o governo federal retirou o assunto de pauta, aprovando apenas a operação da Celg-D.
São Paulo/Rio de Janeiro - A estatal Eletrobras contratou o banco Credit Suisse para prestar consultoria em um plano para a venda de ativos de sua subsidiária Eletrosul , que incluem linhas de transmissão de energia e usinas eólicas , afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento direto do assunto.
Segundo as fontes, que falaram sob a condição de anonimato, a companhia espera levantar cerca de 2 bilhões de reais com a venda total ou parcial dos ativos.
A Eletrosul possui cerca de 1.000 megawatts em usinas eólicas próprias no Rio Grande do Sul, além de 400 megawatts junto a parceiros.
Os ativos à venda incluiriam parte dessas usinas e um lote de linhas de transmissão que a companhia arrematou em leilão, mas ainda não tiveram obras iniciadas.
O objetivo da transação é melhorar o caixa da empresa e dar fôlego para outros projetos prioritários, afirmou uma das fontes.
Procurados, o Credit Suisse, a Eletrobras e a Eletrosul não comentaram o assunto.
Às 13:01, as ações preferenciais da Eletrobras operavam em alta de 1,9 por cento, enquanto as ordinárias caíam 0,7 por cento. O Ibovespa subia 1,99 por cento.
A tarefa, no entanto, pode não ser simples em momento de crise no país e queda na demanda de energia, combinada ainda a uma ampla gama de ativos à venda no setor elétrico do Brasil, especialmente em geração.
Esses desafios podem levar a companhia a trabalhar com a possibilidade de parte dos desinvestimentos não ocorrer neste ano, admitiu a fonte.
"A ideia é vender parte dos parques (eólicos) e parte da linha da transmissão que ainda não foi feita", disse a fonte.
Com a venda de parte da concessão na linha de transmissão, a Eletrosul quer levantar 1,5 bilhão de reais, enquanto o restante viria das eólicas.
Como a linha é bastante longa, cortando o Sul do país, a concessão poderia até ser dividida em lotes menores, visando facilitar a negociação, segundo a fonte.
"É preciso fazer (a venda), bancos já foram consultados, até para a Eletrosul ter fôlego para fazer outros investimentos em geração e transmissão", disse a fonte.
Mas, diante das condições do mercado, não há urgência nas negociações.
"Tem que ver do ponto de visto político e econômico, o mercado não está receptivo nesse momento. Será feito sem pressa e não será de qualquer forma." A fonte afirmou que, com isso, parte das vendas poderia ser feita neste ano e o restante no ano que vem.
"Tem muitos agentes vendendo ativos. Tem muita oferta e quem tem dinheiro pode comprar bem. Como é um dinheiro para investir, a companhia não está com a faca no pescoço", completou.
A própria Eletrobras deverá realizar brevemente o leilão de privatização de uma de suas distribuidoras de energia, a Celg-D, de Goiás, além de ter anunciado planos de vender outras de suas concessionárias de distribuição.
A estatal chegou a apresentar em assembleia no final do ano passado um plano para vender todas suas sete distribuidoras em 2016, mas o governo federal retirou o assunto de pauta, aprovando apenas a operação da Celg-D.