Redação Exame
Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 14h34.
Em 2000, um jovem engenheiro indiano desembarcava na Califórnia com algumas centenas de dólares no bolso, um visto H1-B e um objetivo ambicioso: construir uma grande empresa.
Em 2025, esse mesmo homem, Jyoti Bansal, acaba de anunciar uma nova rodada de investimento de US$ 240 milhões para sua empresa, a Harness, avaliada agora em US$ 5,5 bilhões. Com isso, tornou-se oficialmente bilionário.
A trajetória de Bansal é marcada por decisões estratégicas que envolvem não apenas inovação tecnológica, mas uma gestão financeira robusta e orientada à escalabilidade.
Sua primeira empresa, a AppDynamics, foi vendida à Cisco em 2017 por US$ 3,7 bilhões, poucos dias antes de seu IPO, que é o processo pelo qual uma empresa privada vende suas ações ao público pela primeira vez na bolsa de valores, tornando-se uma empresa de capital aberto para captar recursos.
Com o capital obtido, Bansal se preparava para uma aposentadoria precoce, até perceber que seu verdadeiro propósito era voltar a empreender. As informações foram retiradas da Forbes.
Fundada após a venda da AppDynamics, a Harness é uma plataforma de entrega contínua de software que automatiza tarefas como testes, otimização e segurança de código, tudo com apoio de inteligência artificial.
O modelo de negócios, escalável e voltado à eficiência operacional, rapidamente chamou a atenção de fundos como Goldman Sachs Alternatives, Institutional Venture Partners e Menlo Ventures, que lideraram a Série E.
Com US$ 570 milhões já arrecadados em rodadas anteriores, a Harness mantém um crescimento de 50% ao ano, emprega mais de 1.200 pessoas e se prepara para um possível IPO, sonho que Bansal pretende realizar após ter adiado a abertura de capital da AppDynamics por causa da oferta da Cisco.
Bansal sempre demonstrou uma visão de produto aliada a um planejamento financeiro rigoroso. Já na primeira reunião com investidores para a Harness, apresentou um roadmap detalhado de dez anos até atingir US$ 1 bilhão em receita e, segundo a IVP, está no caminho certo.
O sucesso financeiro de Bansal também é resultado de uma estratégia agressiva de funding, mas com sólida visão de retorno. Desde a criação da AppDynamics em 2008, quando levantou uma rodada Série A de US$ 5,5 milhões após várias rejeições, o empreendedor demonstrou habilidade para negociar com investidores, traçar planos de crescimento concretos e adaptar-se ao momento do mercado.
No caso da Harness, o uso da inteligência artificial tornou o produto ainda mais relevante em um cenário onde o volume de código gerado cresce exponencialmente. "Se a IA está ajudando a escrever, o volume de código aumenta dez vezes, e agora as empresas lutam para testá-lo", afirmou Bansal.
Automatizar essa etapa crítica não apenas gera eficiência, mas reduz custos e aumenta o valor entregue ao cliente.
Essa lógica reflete diretamente na precificação do produto e no valor de mercado da empresa, dois pilares essenciais da gestão de finanças corporativas em startups de alto crescimento.
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