Negócios

Ela se demitiu aos 52 anos para empreender. Hoje é uma das mulheres mais ricas dos EUA

Aos 92 anos, empresária entrou na lista das mulheres mais ricas do mundo que começaram a fortuna do zero

Joan Payden, da Payden & Rygel: empresária é uma das mulheres mais ricas dos EUA que começaram sua fortuna do zero (Gregg DeGuire/Getty Images)

Joan Payden, da Payden & Rygel: empresária é uma das mulheres mais ricas dos EUA que começaram sua fortuna do zero (Gregg DeGuire/Getty Images)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 9 de junho de 2024 às 15h04.

Última atualização em 9 de junho de 2024 às 22h40.

A empresária Joan Payden é um exemplo de mulher que construiu sua fortuna do zero e hoje, aos 92 anos, figura entre as mais ricas dos Estados Unidos.

A executiva é CEO da Payden & Rygel, uma empresa de gestão de investimentos sediada em Los Angeles.

Payden fundou a companhia em 1983. Na época, ela trabalhava na Scudder, Stevens and Clark, uma prestigiada empresa de investimentos que foi adquirida pelo Zurich Group, uma gigante suíça de seguros, por 1,7 bilhão de dólares em 1997, quando decidiu que era a hora de dar um próximo passo. "Eu não queria ficar parada mais 10 anos no mesmo lugar", disse ela em 2011 durante um discurso aos estudantes da Mendoza College of Business nos Estados Unidos.

Payden tinha 52 anos. Ela sacou 401.000 dólares que tinha guardado e criou sua própria gestora de investimentos. Agora, 40 anos depois, a empresa administra mais de 161 bilhões de dólares em ativos e possui cerca de 240 funcionários em diversos escritórios, segundo reportagem do canal CNBC.

Como proprietária majoritária, Payden detém um patrimônio líquido estimado em aproximadamente 700 milhões de dólares. Com isso, ela acaba de entrar na lista das Mulheres Mais Ricas dos Estados Unidos que Construíram sua Fortuna do Zero, publicada pela Forbes em 2024.

Qual é a história de Joan Payden

Formada em matemática e física, ela foi uma das poucas engenheiras mulheres em uma empresa de Nova Jersey que construía refinarias de petróleo nos anos 1950. No entanto, foi demitida após três anos devido a um corte em massa, segundo a Forbes.

+ Herdeira da L'Oréal, mulher mais rica do mundo atinge um novo recorde. Veja qual

Dando um novo rumo a sua carreira, Payden entrou no setor financeiro, conseguindo um cargo de associada júnior na Merrill Lynch. "Fui contratada com um salário 25% menor do que o esperado porque eu não sabia a diferença entre um título e uma ação," disse Payden ao Los Angeles Times em 1999.

Mudando-se para Los Angeles, ela se juntou à Scudder, Stevens & Clark, uma prestigiada firma de gestão de investimentos. Após várias tentativas, Payden se tornou a primeira mulher sócia da empresa.

Quer dicas para decolar o seu negócio? Receba informações exclusivas de empreendedorismo diretamente no seu WhatsApp. Participe já do canal Exame Empreenda

Ela relatou que uma dessas tentativas falhou porque "não jogava golfe" em uma reunião anual em um campo exclusivo para homens, conforme contou aos estudantes de Notre Dame em 2011. Experiências como essa moldaram sua perspectiva sobre gênero no ambiente de trabalho. "Ou eu sou uma boa consultora financeira ou não sou. Eu não sou 'uma boa consultora financeira mulher,'" afirmou à revista de ex-alunos do Trinity em 2013.

Em 1983, após uma década estagnada, Payden decidiu abrir seu próprio negócio. Recrutou sua colega Sandra Rygel, sacou seu 401.000 dólares para obter capital inicial e fundou a Payden & Rygel.

Inicialmente, Payden não tinha certeza se a mudança seria bem-sucedida. "Sempre há preocupações. Quando criei a empresa, me preocupei em não conseguir clientes," disse ela ao Los Angeles Times. "Mas isso não foi um problema."

Desde então, a Payden & Rygel cresceu e se tornou uma das maiores firmas privadas de gestão de investimentos dos Estados Unidos.

E qual é o conselho de Payden? "Quando você pula no lago, não pode pensar em afundar," disse à revista de ex-alunos do Trinity, destacando que nunca se arrependeu. "Na época, e certamente agora, o risco de 'não fazer' superava o risco de 'fazer.'"

Acompanhe tudo sobre:Bilionários

Mais de Negócios

Imposto a pagar? Campanha da Osesp mostra como usar o dinheiro para apoiar a cultura

Uma pizzaria de SP cresce quase 300% ao ano mesmo atuando num dos mercados mais concorridos do mundo

Startup cria "programa de fidelidade" para criadores de conteúdo e times de futebol

Sem antenas, mas com wi-fi: esta startup chilena quer ser a "Netflix" da TV aberta