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Empreendedora de Brasília já ganhou R$ 9 a hora e levou calote milionário. Hoje, já faturou R$ 80 mi

Kênia Gama já atuou como professora de espanhol e encarou inúmeras dificuldades financeiras que a motivaram a criar uma escola de empreendedorismo para mulheres

Kênia Gama, fundadora da Mulher Brilhante: 23 mil alunas empreendedoras em 20 anos (Mulher Brilhante/Divulgação)

Kênia Gama, fundadora da Mulher Brilhante: 23 mil alunas empreendedoras em 20 anos (Mulher Brilhante/Divulgação)

A empreendedora Kênia Gama decidiu usar a seu favor uma série de insucessos que poderiam facilmente levá-la ao fracasso. A começar por uma rotina de trabalho pouco valorizada, na qual ganhava apenas R$ 9 por cada hora trabalhada como professora de espanhol, uma profissão que conduziu por muitos anos de maneira autônoma. Além disso, aos 17 anos, Gama entrou para a estatística de evasão escolar de meninas que engravidam ainda na adolescência.

Alguns anos (e milhares de percalços depois), ela se tornou uma empreendedora de sucesso, autora de livros e proprietária de um negócio que já faturou R$ 80 milhões, o Mulher Brilhante, consultoria de apoio a outras mulheres que lideram negócios o que desejam tirar suas ideias de empreendimento do papel.

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O que faz o Mulher Brilhante

O propósito central do Mulher Brilhante é incentivar mulheres a alcançarem independência emocional e financeira por meio do empreendedorismo e do aprendizado de algumas habilidades socioemocionais. Para isso, a empresa aposta em eventos, workshops e mentorias, com destaque para palestras que circulam o país todo e destacam temas como produtividade e autonomia.

Após 19 anos no empreendedorismo, Gama já treinou pessoalmente mais de 23.000 pessoas, e organizou 14 eventos anuais que recebem, em média, 10.000 participantes e soma 1.500 mentoradas que, juntas, movimentam R$ 500 milhões.

Quem é Kênia Gama

Nascida na periferia de Brasília, Kênia Gama descobriu o tino empreendedor logo cedo. Aos 17 anos, teve sua primeira filha e se casou com seu atual marido, e juntos decidiram empreender depois de várias tentativas mau-sucedida de Gama em inúmeros empregos — um deles como professora de espanhol, ganhando R$ 9 por hora trabalhada.

Depois de muitos meses fechando no vermelho, a empresa de organização de eventos finalmente começou a prosperar. No entanto, quando o sucesso parecia ter chegado, a empresa levou um golpe e acabou ficando com um prejuízo de R$ 4 milhões. Foi então que a importância da resiliência no empreendedorismo tornou-se gritante, a ela decidiu levar os ensinamentos adiante, especialmente para mulheres.

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A situação foi o pontapé para que ela passasse a falar sobre empreendedorismo e inteligência emocional nas redes sociais. A ideia também deu origem ao Instituto Gama e ao Mulher Brilhante, que treina mulheres empreendedoras e já impactou 100.000 alunas nos módulos presencial e online.

Já nas redes sociais, Gama tem mais de 1 milhão de impressões semanais.

Para ela, aproximar-se de mulheres empreendedoras é sinônimo de impacto direto na qualidade de vida e desenvolvimento econômico. "Hoje, no Brasil, podemos verificar o crescimento quantitativo no número de mulheres que empreendem. Mas, quantidade não significa qualidade. Muitas mulheres ainda empreendem por necessidade e não têm conhecimento técnico e emocional para fazer isso. Por isso, seus resultados não chegam", diz. Hoje, 20 anos depois, ela conta com 23.000 alunas inscritas e tem um faturamento na casa dos R$ 80 milhões.

"Vejo que cada desafio do passado valeu a pena. Aquela garota de 18 anos abriu uma empresa do absoluto nada, contando somente com a cara e com a coragem, enfrentou preconceitos, calotes, dúvidas e incertezas… mas, venceu tudo isso", diz a empreendedora.

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