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Eike: empresas do grupo são 'vento que vai virar ouro'

São Paulo - O empresário Eike Batista ressaltou o caráter desenvolvimentista de seus projetos e afirmou hoje que o dinheiro obtido de investidores na abertura de capital de suas empresas gera empregos e contribui para o desenvolvimento do País. "Meus recursos são 100% dedicados ao Brasil, não estão em conta bancária", afirmou, em entrevista após […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - O empresário Eike Batista ressaltou o caráter desenvolvimentista de seus projetos e afirmou hoje que o dinheiro obtido de investidores na abertura de capital de suas empresas gera empregos e contribui para o desenvolvimento do País. "Meus recursos são 100% dedicados ao Brasil, não estão em conta bancária", afirmou, em entrevista após a cerimônia que marcou o início das negociações em bolsa da OSX Brasil, empresa de serviços para a indústria de petróleo controlada pelo empresário, apontado como o oitavo homem mais rico do mundo.

Eike não falou especificamente sobre a oferta da OSX, que captou menos recursos que o inicialmente previsto e precisou ser reduzida diante do fraco interesse demonstrado pelos investidores. "Como paguei uma multa muito grande da última vez, não posso falar nada", lembrou, em referência às declarações dadas por ele durante a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da OGX Petróleo, em 2008, que lhe renderam uma multa de R$ 100 mil da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Mais cedo, as ações da OSX chegaram a ser negociadas em queda de 9,88%, a maior baixa do mercado nesta manhã.

Saudado como o "símbolo do novo capitalismo brasileiro" pelo presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, Eike respondeu às críticas de que as companhias controladas por ele ainda não produzem, ao afirmar que as empresas "são vento que vai se transformar em ouro".

Para o empresário, a captação de recursos de investidores em bolsa é melhor do que simplesmente tomar dívidas em bancos, e permite dividir a criação de riqueza. "Todos os projetos levam um tempo, entre três e quatro anos, mas quando gerarem caixa vão ajudar o Brasil, com recursos que serão aplicados de novo aqui", ressaltou Eike, que assim como os demais executivos do Grupo EBX estava vestido com a tradicional camisa jeans - marca registrada nas cerimônias de IPO das empresas do grupo - com o emblema da OSX bordado na altura do peito.

Segundo o empresário, o mercado de capitais ainda se ressente da crise financeira internacional, que aumentou os índices de desemprego nas maiores economias mundiais e, por consequência, diminuiu os recursos disponíveis dos investidores. "Mas acredito que, a partir do segundo semestre deste ano, o mercado comece a voltar, com os Estados Unidos gerando empregos e os emergentes mostrando crescimento", projetou.

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