O empresário quer pagar com ações de sua mineradora, a MMX (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
São Paulo - O empresário Eike Batista está procurando mineradoras rivais do interior de Minas Gerais para apresentar propostas de compra ou fusão. Em alguns casos quer pagar com ações de sua mineradora, a MMX, e fala em incluir no negócio uma concessão para operar um porto de carga em Itaguaí, no Rio de Janeiro.
Eike já conversou com a Ferrous Resources, mineradora controlada por fundos estrangeiros, e com Usiminas e CSN, siderúrgicas que estão ampliando seus negócios em mineração. Procuradas, as empresas não quiseram se manifestar oficialmente. A direção da MMX disse, em nota, que seu "apetite de consolidação cresceu substancialmente após a conclusão do investimento da Wisco" - siderúrgica chinesa que comprou 21,5% da MMX.
Na mesma operação, Eike fechou um contrato para fornecer à Wisco metade do minério extraído de suas jazidas de Minas Gerais pelos próximos 20 anos. Segundo a MMX, o negócio "poderá resultar na exportação de pelo menos 16 milhões de toneladas por ano". Como a MMX produz hoje a um ritmo de 7 milhões de toneladas/ano (embora diga ter capacidade para 10,8 milhões de toneladas), executivos e consultores acreditam que Eike esteja correndo atrás de novas minas para fazer frente ao compromisso que assumiu com os chineses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.