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Educação dos CEOs não afeta na performance das empresas

Pesquisa mostra que o nível de instrução dos altos executivos é relevante na seleção, mas não garante resultados a longo prazo

Nível educacional faz diferença na hora da seleção (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2010 às 15h02.

São Paulo - Ensino superior, MBA, pós-graduação, cursos e treinamentos mais destacados podem não fazer diferença na gestão do presidente de uma companhia. De acordo com uma pesquisa da University of Colorado at Boulder, University of New Hampshire e Georgia State University, dos Estados Unidos, o grau de instrução elevado faz mais diferença na hora da seleção do executivo que no seu real desempenho na empresa.

Para chegar a essa conclusão, o estudo considerou como principais medidas de educação dos CEOs os seguintes quesitos: se seu curso superior foi feito em uma faculdade entre as 20 melhores, ou não, se ele possui MBA ou cursos de pós-graduação e se essa formação extra foi feita em uma instituição que está entre as 20 melhores. Ao todo, foram avaliados mais de 2.600 casos de rotatividade de presidentes-executivos de 1.500 das maiores empresas americanas, entre 1993 e 2007. A base de dados do Standard & Poor’s foi usada para comparar o desempenho das empresas com o nível de escolaridade dos presidentes.
Os pesquisadores perceberam que, nos empreendimentos a curto prazo, houve um pequeno crescimento das empresas lideradas por executivos com MBA, enquanto ocorreu um pequeno declínio na maioria das comandadas por pessoas sem esse grau de instrução. No entanto, no longo prazo, o estudo não revelou diferenças  entre a performance de CEOs mais e menos instruídos.
Quando a gestão é ineficiente e os resultados são insatisfatórios, a pesquisa mostra que o nível educacional alto ou baixo do presidente não afeta na decisão de demitir ou dar uma segunda chance ao executivo. Na hora da seleção, ocorre o contrário: as empresas buscam os profissionais com os mais altos padrões de ensino e experiência acadêmica, em geral, com o mesmo nível do CEO anterior, principalmente quando este foi forçado a deixar o cargo.
Para os autores, o resultado indica que os conselhos das empresas consideram que é fundamental um CEO ter bons níveis de estudo para alcançar bons resultados, mas, ao mesmo tempo, não atribuem as falhas dos presidentes-executivos ao seu grau de instrução. No entanto, na opinião dos pesquisadores, a educação de um CEO não é um dado adequado para se avaliar sua capacidade de liderança e gerência, uma vez que desempenha papel importante na contratação, mas não afeta no desempenho a longo prazo das empresas.

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Para chegar a essa conclusão, o estudo considerou como principais medidas de educação dos CEOs os seguintes quesitos: se seu curso superior foi feito em uma faculdade entre as 20 melhores, ou não, se ele possui MBA ou cursos de pós-graduação e se essa formação extra foi feita em uma instituição que está entre as 20 melhores. Ao todo, foram avaliados mais de 2.600 casos de rotatividade de presidentes-executivos de 1.500 das maiores empresas americanas, entre 1993 e 2007. A base de dados do Standard & Poor’s foi usada para comparar o desempenho das empresas com o nível de escolaridade dos presidentes.
Os pesquisadores perceberam que, nos empreendimentos a curto prazo, houve um pequeno crescimento das empresas lideradas por executivos com MBA, enquanto ocorreu um pequeno declínio na maioria das comandadas por pessoas sem esse grau de instrução. No entanto, no longo prazo, o estudo não revelou diferenças  entre a performance de CEOs mais e menos instruídos.
Quando a gestão é ineficiente e os resultados são insatisfatórios, a pesquisa mostra que o nível educacional alto ou baixo do presidente não afeta na decisão de demitir ou dar uma segunda chance ao executivo. Na hora da seleção, ocorre o contrário: as empresas buscam os profissionais com os mais altos padrões de ensino e experiência acadêmica, em geral, com o mesmo nível do CEO anterior, principalmente quando este foi forçado a deixar o cargo.
Para os autores, o resultado indica que os conselhos das empresas consideram que é fundamental um CEO ter bons níveis de estudo para alcançar bons resultados, mas, ao mesmo tempo, não atribuem as falhas dos presidentes-executivos ao seu grau de instrução. No entanto, na opinião dos pesquisadores, a educação de um CEO não é um dado adequado para se avaliar sua capacidade de liderança e gerência, uma vez que desempenha papel importante na contratação, mas não afeta no desempenho a longo prazo das empresas.
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