Arena Corinthians, o Itaquerão: até agora, o estádio foi um grande negócio para o clube (Friedemann Vogel/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2014 às 13h19.
São Paulo - No dia 12 de junho, a Arena Corinthians, conhecida como Itaquerão, vai receber 68 000 pessoas para a abertura da Copa do Mundo.
Vai ser uma festa para a torcida e também para o Corinthians.
Até agora, o estádio, que custou 1,2 bilhão de reais, foi um grande negócio para o clube - que não investiu um só centavo na sua construção.
Mas a edição desta quinzena de EXAME mostra um futuro financeiro complicado para o clube.
Do custo total, 420 milhões de reais são incentivos fiscais da prefeitura de São Paulo. O resto é dívida com o banco estatal Caixa Econômica Federal. A conta vai começar a chegar em 2015 - e será salgada.
O Corinthians terá 14 anos para pagar 1,4 bilhão de reais, entre parcelas e juros.
Para viabilizar o estádio, o clube montou um plano de negócios que parte de premissas distantes da realidade brasileira. Prevê, por exemplo, 120 milhões de reais com bilheteria - quando a receita anual do clube com ingressos nunca passou de 35 milhões de reais.
O Milan, um dos dez clubes mais ricos do mundo, ganha 79 milhões de reais ao ano com seus jogos.
O tamanho da fatura
Quanto o clube terá de pagar, por ano, de parcelas e juros até a quitação dos 750 milhões de reais*
Ano | Valor (em milhões de reais) |
---|---|
2015 | 59,1 |
2016 | 101,3 |
2017 | 101,3 |
2018 | 101,3 |
2019 | 101,3 |
2020 | 101,3 |
2021 | 101,3 |
2022 | 101,3 |
2023 | 101,3 |
2024 | 101,3 |
2025 | 101,3 |
2026 | 101,3 |
2027 | 101,3 |
2028 | 84,4 |
Custo total: 1,4 bilhão de reais
*Considera pagamento pela tabela Price, com parcelas fixas e taxa de 117% do CDI para o novo empréstimo
Fontes: Caixa Econômica Federal, Corinthians e Instituto Assaf