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Doux fixa novo cronograma de pagamento a fornecedores

A Doux Frangosul, com dez unidades no Brasil, tem enfrentado problemas no País, com atrasos no pagamento de fornecedores desde o início de 2008

Produtos com a marca LeBon, da Doux Frangosul: queda de 3,4% nas vendas para o mercado externo em 2010 (Tamires Kopp/EXAME.com)

Produtos com a marca LeBon, da Doux Frangosul: queda de 3,4% nas vendas para o mercado externo em 2010 (Tamires Kopp/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 16h18.

São Paulo -  A Doux Frangosul continua tentando sanar os débitos pendentes com seus fornecedores. No último dia 28, segundo comunicado, a empresa fechou uma nova proposta de pagamentos com os produtores integrados. "O acordo firmado garante a redução progressiva da dívida até final de agosto, o que corresponderia à redução dos débitos em mais de 50%", diz a empresa na nota.

Segundo o assessor de política agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Airton Hochscheid, que esteve presente no fechamento do novo acordo, duas novas datas foram instituídas para realização da quitação dos débitos: a primeira, até o dia 14 de julho, e a segunda até o dia 20. "Foi estabelecido também que deverão ocorrer pagamentos semanais em agosto", explicou Hochscheid. Com essas quitações, os atrasos, que estão atualmente em mais de 120 dias, ainda permanecerão. Os prazos passarão para menos de 100 dias, incluindo os 45 dias de praxe que a companhia tem para pagar os lotes.

"Vamos acompanhar se os pagamentos serão efetivados nessas datas. Na primeira semana de agosto sentaremos novamente com a direção da companhia para montarmos um cronograma que acabe em definitivo esses atrasos", ressaltou o assessor da Fetag. A apreciação do real ante o dólar, que contribui para a perda da competitividade da carne brasileira vendida no exterior, é um dos "motivos-obstáculos" sempre citados pela companhia na dificuldade de quitar os débitos pendentes, explica Hochscheid.

A Doux Frangosul, com dez unidades no Brasil, tem enfrentado problemas no País, com atrasos no pagamento de fornecedores desde o início de 2008, em consequência da crise econômica mundial. Em junho do ano passado, e empresa vendeu seus ativos de peru à Marfrig Alimentos por R$ 65 milhões. A operação, com capacidade de abate de 30 mil aves por dia, representava 6% do abate total da empresa no Brasil.

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