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Dona da Pepsi-Cola unifica operação da América do Norte com a da América Latina

Importância crescente dos mercados externos leva a PepsiCo a tornar-se uma das primeiras grandes companhias americanas a derrubar as divisões no continente americano

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A fabricante de refrigerantes e alimentos PepsiCo, dona da marca Pepsi-Cola, decidiu unificar as operações da empresa na América do Norte e na América Latina, como estratégia para acompanhar o aumento de importância das vendas fora dos Estados Unidos no faturamento total da companhia, como informa o jornal britânico Financial Times (FT).

No redesenho da companhia, as duas divisões que definem a estrutura da PepsiCo, América do Norte e Internacional, darão lugar a três unidades. Uma delas, a PepsiCo Americas Beverage, ficará responsável pela venda de bebidas tanto na América do Norte quanto na América Latina e abrangerá os diversos produtos das marcas Pepsi, Gatorade e Tropicana. Outra divisão, a PepsiCo Americas Food atuará no setor alimentício em todo o continente americano e será formado pelos produtos Quaker, pelos salgadinhos Frito Lay e pelas mexicanas Sabritas e Gamesa. Por fim, a PepsiCo International administrará todo o portfólio da companhia nos demais continentes.

A reforma estrutural reflete a crescente internacionalização da PepsiCo. Mais de 37% do faturamento da companhia é obtido fora da América do Norte, fatia equivalente a 12,95 bilhões de dólares, num total de 35 bilhões. Essa participação bastante significativa do mercado externo fez da Pepsi uma das primeiras grandes companhias dos EUA a derrubar a divisão entre América do Norte e América do Sul - a rival Coca-Cola, por exemplo, opera separadamente a divisão da América do Norte.

Sinal desse interesse na expansão em outros mercados surgiu em outubro deste ano, no Brasil, quando a PepsiCo comprou a Lucky, dona de duas das marcas mais populares de salgadinhos do país, Torcida e Fofura (veja aqui reportagem sobre a compra ). Na época, a empresa americana informou, em comunicado, que o negócio revelava "um compromisso a longo prazo de investir no Brasil".

Executiva-símbolo fica de fora

Outro efeito da reestruturação é a saída de uma das executivas mais bem-sucedidas dos Estados Unidos, a gestora da divisão Pepsi-Cola América do Norte, Dawn Hudson, assim que o novo desenho entrar em vigor e o setor que ela dirige hoje for assimilado pela divisão de bebidas para a América.

Conhecida como eficiente planejadora de marketing, segundo o FT, ela deixará a empresa após dois anos na gestão da principal marca da companhia, a do refrigerante Pepsi-Cola. Para o tablóide britânico, o movimento também indica uma relativa perda de relevância do produto, diante de um mix mais variado de "estrelas" da companhia.

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