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Dona da Ambev aposta na Rússia e na China para manter crescimento

Os dois países apresentam boas taxas de crescimento dos negócios, em contraste com a queda de vendas na Europa Ocidental

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Rússia e a China são os principais mercados em que a cervejaria Inbev se concentrará nos próximos meses, a fim de continuar sustentando a expansão de seus negócios. Fruto da união entre a brasileira Ambev e a belga Interbrew, a companhia concentra, atualmente, as vendas nos mercados já maduros da Europa Ocidental e América do Norte, e em países em desenvolvimento, como Brasil e o Leste europeu.

Segundo o executivo-chefe da companhia, John Brock, as vendas na Rússia estão crescendo rápido, mas a empresa ainda precisa "adquirir escala neste mercado". Na primeira metade do ano, o volume comercializado subiu 33%, puxado, sobretudo, pelas vendas da marca Stella Artois que cresceram 58%. A Inbev também sentiu os efeitos positivos do lançamento de outra marca local, a Sun Interbrew. Já na China, as vendas em volume subiram 16%, fomentadas por aquisições recentes de cervejarias e marcas locais.

Segundo o jornal britânico Financial Times, a estratégia de expansão nos mercados russo e chinês é um modo de contrabalançar o fraco desempenho nas regiões mais consolidadas. Na Europa Ocidental, por exemplo, as vendas da cervejaria belga caíram 1,8% em volume, no primeiro semestre.

A Inbev, antiga Interbrew, mudou de nome no final de agosto, quando concluiu a aquisição da cervejaria brasileira Ambev. Com a troca de ações entre as empresas, a Inbev assumiu o controle da empresa brasileira, com 71% do capital votante e 51,6% do capital total. Apesar de majoritária, a companhia belga concordou em manter uma gestão compartilhada na empresa brasileira até 2019, acordo que poderá ser renovado por mais dez anos. Por isso, a Ambev continuará sediada no Brasil, com papéis negociados nas bolsas de São Paulo e Nova York. Já a Inbev seguirá com sede na Bélgica e ações listadas na bolsa de Bruxelas. A companhia registrou lucro líquido de 205 milhões de euros (cerca de 250 milhões de reais) no primeiro semestre, contra 171 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

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