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Do gigante ao minúsculo: onde o Pão de Açúcar irá investir

Tanto o maior formato de lojas, Assaí, quanto as pequenas lojas de bairro, chamadas de proximidade, foram os que mais cresceram

Minuto Pão de Açúcar: as vendas nas lojas de proximidade foram as que mais cresceram no grupo (Divulgação/Pão de Açúcar)

Karin Salomão

Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 17h44.

São Paulo - Para o Grupo Pão de Açúcar , o ano de 2015 foi bastante difícil. A crise impactou principalmente as vendas de eletrônicos na Via Varejo, cujas receitas caíram 14,7% no ano.

No entanto, o segmento alimentar sustentou o crescimento e permitiu com que as receitas subissem 5,5% no ano, atingindo 69,1 bilhões de reais.

Dois formatos se destacaram no ano e concentrarão os investimentos de 2016. Tanto o maior formato de lojas, Assaí , quanto as pequenas lojas de bairro, chamadas de proximidade, foram os que mais cresceram.

Elas serão priorizadas nos investimentos desse ano, que serão de 1,5 bilhão de reais.

Nenhuma outra categoria abriu tantas novas unidades em 2015 quanto as pequenas lojas de proximidade, das marcas Minuto Pão de Açúcar e Minimercado Extra . O formato é o menor do grupo, minúsculo ao ser comparado aos outros modelos.

No ano de 2015, foram 73 novas lojas, sendo 46 Minimercado Extra e 27 Minuto Pão de Açúcar. No período, 19 lojas da marca do Extra foram convertidas para o Minuto, que é uma marca mais rentável.

Apesar do ritmo acelerado de expansão, o segmento atingiu o breakeven esse trimestre, ou seja, pagou o seu investimento .

As receitas líquidas das lojas de bairro atingiram 946 milhões de reais, alta de 48% - de longe, a maior taxa de crescimento dentro do grupo. O esforço nesse formato ajudou o segmento a aumentar sua participação em receitas no grupo, de 1,0% para 1,4%

Extremo oposto

O Assaí, modelo de cash and carry, vive um cenário completamente diferente, mas também é um dos formatos que mais cresce. É o maior formato de loja do grupo, voltado para o atacado.

Segundo Belmiro Gomes, presidente da rede, mais da metade dos consumidores do supermercado são pessoas jurídicas, principalmente de pequenas e médias empresas, que sofreram bastante com a crise econômica.

Isso obrigou a empresa a adaptar seu mix e a buscar preços mais agressivos. Deu certo: o segmento ganhou 2 pontos percentuais em participação de mercado.

Com vendas de mais de 10 bilhões de reais, a participação do Assaí nas receitas líquidas totais do grupo subiu de 12,7% para 15,1%.

O grupo inaugurou 11 novas lojas em 2015, sendo 7 só no último trimestre e, a partir de 2016, a marca conseguirá financiar sua própria expansão de maneira autônoma.

Enquanto que em 2015 as inaugurações visavam estabelecer a marca em locais onde ela já atuava, em 2016 o Assaí irá entrar em novas capitais.

O Nordeste é um dos focos de expansão. Para Gomes, o mercado atacadista terá mais oportunidades na região, que é mais carente em infraestrutura.

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São Paulo - Para o Grupo Pão de Açúcar , o ano de 2015 foi bastante difícil. A crise impactou principalmente as vendas de eletrônicos na Via Varejo, cujas receitas caíram 14,7% no ano.

No entanto, o segmento alimentar sustentou o crescimento e permitiu com que as receitas subissem 5,5% no ano, atingindo 69,1 bilhões de reais.

Dois formatos se destacaram no ano e concentrarão os investimentos de 2016. Tanto o maior formato de lojas, Assaí , quanto as pequenas lojas de bairro, chamadas de proximidade, foram os que mais cresceram.

Elas serão priorizadas nos investimentos desse ano, que serão de 1,5 bilhão de reais.

Nenhuma outra categoria abriu tantas novas unidades em 2015 quanto as pequenas lojas de proximidade, das marcas Minuto Pão de Açúcar e Minimercado Extra . O formato é o menor do grupo, minúsculo ao ser comparado aos outros modelos.

No ano de 2015, foram 73 novas lojas, sendo 46 Minimercado Extra e 27 Minuto Pão de Açúcar. No período, 19 lojas da marca do Extra foram convertidas para o Minuto, que é uma marca mais rentável.

Apesar do ritmo acelerado de expansão, o segmento atingiu o breakeven esse trimestre, ou seja, pagou o seu investimento .

As receitas líquidas das lojas de bairro atingiram 946 milhões de reais, alta de 48% - de longe, a maior taxa de crescimento dentro do grupo. O esforço nesse formato ajudou o segmento a aumentar sua participação em receitas no grupo, de 1,0% para 1,4%

Extremo oposto

O Assaí, modelo de cash and carry, vive um cenário completamente diferente, mas também é um dos formatos que mais cresce. É o maior formato de loja do grupo, voltado para o atacado.

Segundo Belmiro Gomes, presidente da rede, mais da metade dos consumidores do supermercado são pessoas jurídicas, principalmente de pequenas e médias empresas, que sofreram bastante com a crise econômica.

Isso obrigou a empresa a adaptar seu mix e a buscar preços mais agressivos. Deu certo: o segmento ganhou 2 pontos percentuais em participação de mercado.

Com vendas de mais de 10 bilhões de reais, a participação do Assaí nas receitas líquidas totais do grupo subiu de 12,7% para 15,1%.

O grupo inaugurou 11 novas lojas em 2015, sendo 7 só no último trimestre e, a partir de 2016, a marca conseguirá financiar sua própria expansão de maneira autônoma.

Enquanto que em 2015 as inaugurações visavam estabelecer a marca em locais onde ela já atuava, em 2016 o Assaí irá entrar em novas capitais.

O Nordeste é um dos focos de expansão. Para Gomes, o mercado atacadista terá mais oportunidades na região, que é mais carente em infraestrutura.

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