Distribuidoras da Eletrobras devem ser vendidas em 2014
Segundo fontes, Ministério de Minas e Energia é favorável à venda do controle das distribuidoras da companhia após eleições de 2014
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 19h27.
Rio de Janeiro - O Ministério de Minas e Energia é favorável à venda do controle das distribuidoras da Eletrobras, mas o processo só deverá ser concretizado após as eleições de 2014, afirmou à Reuters uma fonte a par do assunto.
"Isso é líquido e certo", disse a fonte, quando perguntada se o ministério aprova a venda dos ativos.
Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, o governo --acionista controlador da Eletrobras-- estaria aguardando o momento político ideal para anunciar o aval ao negócio.
"(O anúncio da) decisão pode ter um efeito negativo nas urnas. Mesmo se for positivo, não há garantia de que haverá um bônus eleitoral", disse a fonte.
O cronograma da operação também depende da definição do modelo para renovação de concessões no segmento de distribuição de energia, ainda em análise pelo governo, afirmou a fonte.
As distribuidoras da Eletrobras estão no Amazonas, Acre, Alagoas, Piauí, Roraima e Rondônia. Elas vêm causando prejuízo combinado de mais de 1 bilhão de reais por ano ao grupo.
"A ideia (da estatal) é ficar como minoritária das distribuidoras. O mínimo em discussão é a Eletrobras ficar com um terço da empresa. Seria de 33 a 49 por cento", disse a fonte.
Apesar da eficiência baixa de algumas distribuidoras da Eletrobras e do prejuízo que dão à estatal, há investidores interessados nos ativos, disse a fonte, sem fornecer mais detalhes.
Das seis empresas federalizadas, a mais deficitária é a do Amazonas, porque a tarifa é muito baixa. As duas distribuidoras do grupo no Nordeste estão em situação menos adversa, tendo condições de dar lucro já em 2014 se mantiverem o ritmo de melhoria que vêm apresentando, segundo a fonte.
Reorganização
A Eletrobras passa por um processo de redução de gastos e melhoria da eficiência para se adaptar à nova realidade do setor elétrico brasileiro, após a renovação antecipada e onerosa de concessões de geração e transmissão.
Ao aceitar os termos propostos pela União no ano passado para manter as hidrelétricas e as linhas de transmissão cujas concessões terminariam de 2015 a 2017, a Eletrobras viu sua receita anual ser reduzida em cerca de 8,7 bilhões de reais.
A venda do controle das distribuidoras pela Eletrobras é vista como um caminho natural para o grupo conseguir atingir sua meta de redução de custos de 30 por cento até 2015. A estatal contratou o Santander para elaborar um plano de reestruturação do negócio de distribuição.
No fim de setembro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo federal não tinha decisão sobre o futuro das distribuidoras da Eletrobras. Na ocasião, Lobão afirmou que o governo trabalhava com diversas alternativas, desde vender 100 por cento das empresas até continuar com os ativos nas condições atuais.
Rio de Janeiro - O Ministério de Minas e Energia é favorável à venda do controle das distribuidoras da Eletrobras, mas o processo só deverá ser concretizado após as eleições de 2014, afirmou à Reuters uma fonte a par do assunto.
"Isso é líquido e certo", disse a fonte, quando perguntada se o ministério aprova a venda dos ativos.
Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, o governo --acionista controlador da Eletrobras-- estaria aguardando o momento político ideal para anunciar o aval ao negócio.
"(O anúncio da) decisão pode ter um efeito negativo nas urnas. Mesmo se for positivo, não há garantia de que haverá um bônus eleitoral", disse a fonte.
O cronograma da operação também depende da definição do modelo para renovação de concessões no segmento de distribuição de energia, ainda em análise pelo governo, afirmou a fonte.
As distribuidoras da Eletrobras estão no Amazonas, Acre, Alagoas, Piauí, Roraima e Rondônia. Elas vêm causando prejuízo combinado de mais de 1 bilhão de reais por ano ao grupo.
"A ideia (da estatal) é ficar como minoritária das distribuidoras. O mínimo em discussão é a Eletrobras ficar com um terço da empresa. Seria de 33 a 49 por cento", disse a fonte.
Apesar da eficiência baixa de algumas distribuidoras da Eletrobras e do prejuízo que dão à estatal, há investidores interessados nos ativos, disse a fonte, sem fornecer mais detalhes.
Das seis empresas federalizadas, a mais deficitária é a do Amazonas, porque a tarifa é muito baixa. As duas distribuidoras do grupo no Nordeste estão em situação menos adversa, tendo condições de dar lucro já em 2014 se mantiverem o ritmo de melhoria que vêm apresentando, segundo a fonte.
Reorganização
A Eletrobras passa por um processo de redução de gastos e melhoria da eficiência para se adaptar à nova realidade do setor elétrico brasileiro, após a renovação antecipada e onerosa de concessões de geração e transmissão.
Ao aceitar os termos propostos pela União no ano passado para manter as hidrelétricas e as linhas de transmissão cujas concessões terminariam de 2015 a 2017, a Eletrobras viu sua receita anual ser reduzida em cerca de 8,7 bilhões de reais.
A venda do controle das distribuidoras pela Eletrobras é vista como um caminho natural para o grupo conseguir atingir sua meta de redução de custos de 30 por cento até 2015. A estatal contratou o Santander para elaborar um plano de reestruturação do negócio de distribuição.
No fim de setembro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo federal não tinha decisão sobre o futuro das distribuidoras da Eletrobras. Na ocasião, Lobão afirmou que o governo trabalhava com diversas alternativas, desde vender 100 por cento das empresas até continuar com os ativos nas condições atuais.