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Disputa no conselho da Telecom respinga na Oi, dizem fontes

A disputa de poder no conselho da Telecom Italia está repercutindo a milhares de quilômetros de distância, aqui no Brasil

Logo da Oi: Vivendi está aberta a uma fusão da Tim com a Oi para maximizar o valor de suas ações (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 21h52.

A disputa de poder no conselho da Telecom Italia está repercutindo a milhares de quilômetros de distância, no Brasil.

Os protagonistas -- o CEO Marco Patuano e a Vivendi , que tem sede em Paris e é dona de parte da empresa italiana -- têm visões diferentes para o futuro da Tim Participações, unidade da Telecom Italia com sede no Rio de Janeiro, segundo pessoas informadas sobre o assunto.

A maior concorrente da Tim, a Oi, está preparando uma proposta para combinar as duas empresas.

A Vivendi está fazendo campanha para obter quatro assentos no conselho da Telecom Italia e, assim, influenciar a estratégia da operadora.

Uma reunião de acionistas foi marcada para às 11 horas de hoje, em Rozzano, perto de Milão.

Entre as ideias defendidas pela empresa francesa está a de vender a unidade brasileira no momento certo, disseram as fontes.

A Vivendi está aberta a uma fusão da Tim com a Oi para maximizar o valor de suas ações e não insistiria para que a Telecom Italia administre a nova empresa, ou seja, estaria disposta a ceder o controle operacional da Tim à LetterOne, segundo as pessoas.

Patuano e seus aliados da Telecom Italia estão mais comprometidos em permanecer no Brasil no longo prazo e insistem em operar a nova empresa, disseram as pessoas.

A LetterOne, empresa holding do bilionário russo Mikhail Fridman, apresentou uma proposta em outubro para injetar capital na Oi sob a condição de que a operadora fechasse uma fusão com a Tim.

Os bonds e as ações da Oi têm despencado em meio ao temor de que a transação possa não se concretizar.

Efeito BTG

A Oi está trabalhando com o Grupo BTG Pactual como adviser da transação.

O envolvimento com o BTG contribuiu para a queda de ações e bonds da operadora nas últimas semanas, porque os investidores temem que a crise do banco possa afetar as negociações.

O ex-presidente do conselho e CEO do BTG, André Esteves, foi preso no mês passado como parte de uma investigação de corrupção de abrangência nacional. Por meio de seus advogados, Esteves negou as acusações.

“O BTG atua exclusivamente como adviser nesta operação”, disse a Oi, por e-mail, em resposta a perguntas. “A decisão final sobre a consolidação caberá à Oi e às demais partes envolvidas nas negociações”.

A Oi preferiu não comentar sobre o conselho da Telecom Italia.

Representantes da Telecom Italia, que tem sede em Roma, e da Tim não quiseram comentar. A Vivendi não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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A disputa de poder no conselho da Telecom Italia está repercutindo a milhares de quilômetros de distância, no Brasil.

Os protagonistas -- o CEO Marco Patuano e a Vivendi , que tem sede em Paris e é dona de parte da empresa italiana -- têm visões diferentes para o futuro da Tim Participações, unidade da Telecom Italia com sede no Rio de Janeiro, segundo pessoas informadas sobre o assunto.

A maior concorrente da Tim, a Oi, está preparando uma proposta para combinar as duas empresas.

A Vivendi está fazendo campanha para obter quatro assentos no conselho da Telecom Italia e, assim, influenciar a estratégia da operadora.

Uma reunião de acionistas foi marcada para às 11 horas de hoje, em Rozzano, perto de Milão.

Entre as ideias defendidas pela empresa francesa está a de vender a unidade brasileira no momento certo, disseram as fontes.

A Vivendi está aberta a uma fusão da Tim com a Oi para maximizar o valor de suas ações e não insistiria para que a Telecom Italia administre a nova empresa, ou seja, estaria disposta a ceder o controle operacional da Tim à LetterOne, segundo as pessoas.

Patuano e seus aliados da Telecom Italia estão mais comprometidos em permanecer no Brasil no longo prazo e insistem em operar a nova empresa, disseram as pessoas.

A LetterOne, empresa holding do bilionário russo Mikhail Fridman, apresentou uma proposta em outubro para injetar capital na Oi sob a condição de que a operadora fechasse uma fusão com a Tim.

Os bonds e as ações da Oi têm despencado em meio ao temor de que a transação possa não se concretizar.

Efeito BTG

A Oi está trabalhando com o Grupo BTG Pactual como adviser da transação.

O envolvimento com o BTG contribuiu para a queda de ações e bonds da operadora nas últimas semanas, porque os investidores temem que a crise do banco possa afetar as negociações.

O ex-presidente do conselho e CEO do BTG, André Esteves, foi preso no mês passado como parte de uma investigação de corrupção de abrangência nacional. Por meio de seus advogados, Esteves negou as acusações.

“O BTG atua exclusivamente como adviser nesta operação”, disse a Oi, por e-mail, em resposta a perguntas. “A decisão final sobre a consolidação caberá à Oi e às demais partes envolvidas nas negociações”.

A Oi preferiu não comentar sobre o conselho da Telecom Italia.

Representantes da Telecom Italia, que tem sede em Roma, e da Tim não quiseram comentar. A Vivendi não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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