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Disputa entre montadoras alemãs fica mais acirrada

Para analistas, Audi e Mercedes só vieram para o Brasil porque a BMW veio; e elas querem produzir no país seus carros mais baratos


	Montagem de veículos da BMW: globalmente, a BMW é líder do grupo, com vendas de 932,8 mil veículos de janeiro a julho; e no Brasil também lidera com 10,4 mil veículos até setembro
 (Bloomberg)

Montagem de veículos da BMW: globalmente, a BMW é líder do grupo, com vendas de 932,8 mil veículos de janeiro a julho; e no Brasil também lidera com 10,4 mil veículos até setembro (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 08h56.

São Paulo - A chegada das alemãs BMW, Audi e Mercedes-Benz deve replicar no Brasil a disputa que as três travam nas vendas no mercado mundial de luxo. O fato de o trio ter anunciado projetos em curto espaço de tempo é uma amostra de como essa briga é acirrada. Para analistas, Audi e Mercedes só vieram porque a BMW veio. A estratégia delas é similar: produzir no país os carros mais baratos de suas linhas, na faixa de R$ 100 mil.

Globalmente, a BMW é líder do grupo, com vendas de 932,8 mil veículos de janeiro a julho. Depois vêm Audi, com 911,8 mil, e Mercedes, com 811,2 mil. No Brasil, a BMW também lidera com 10,4 mil veículos até setembro, seguida por Mercedes (9,6 mil) e Audi (5 mil).

Segundo a Anfavea, só neste ano foram anunciados R$ 14,1 bilhões em investimentos por empresas do setor, incluindo as de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e rodoviárias.

Com isso, o presidente da entidade, Luiz Moan, elevou de R$ 60 bilhões para R$ 74,1 bilhões os aportes previstos para os próximos cinco anos. Em sua conta estão, por exemplo, R$ 9 bilhões anunciados pela Fiat, R$ 1 bilhão pela Honda e R$ 600 milhões pelo grupo Caoa.

Com novas marcas, o Brasil passa a ser uma das “províncias automotivas mais povoadas do mundo”, diz o diretor do Centro de Estudos Automotivos (CEA), Luiz Carlos Mello. Entre os grandes produtores mundiais, só Kia e Jaguar/Land Rover não têm fábricas no País, mas ambas têm planos de atuação local. Apenas no segmento de automóveis e comerciais leves, o Brasil terá 18 fabricantes.

Mello diz que os investimentos ocorrem não só pela atratividade do mercado local, o quarto maior do mundo, mas porque as multinacionais não têm onde aplicar. “Grandes mercados como o europeu e o americano estão saturados.”

Ele ressalta que o Brasil é um dos países que mais oferece incentivos ao setor, incluindo o financiamento subsidiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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