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Diretor da Renault renuncia no fim do caso de espionagem

Mesmo assim, o segundo executivo mais importante da montadora, Patrick Pelata, continuará no grupo em outra função

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2011 às 12h03.

São Paulo – O caso de espionagem industrial na Renault, que culminou na demissão equivocada de três diretores em janeiro deste ano, termina fazendo mais “vítimas”. O chefe de operações da empresa, Patrick Pelata, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (11/4) e arcou com a maior parte da responsabilidade pelos erros cometidos durante a investigação do caso. Mesmo saindo do cargo, o executivo, que é o segundo mais importante da empresa e estava na função desde 2008, continuará na montadora, trabalhando na aliança que coordena as operações da Renault com a Nissan.

De acordo com a imprensa internacional, três funcionários dos serviços de segurança e três executivos dos departamentos de recursos humanos e jurídico foram demitidos pelo conselho após serem considerados culpados no caso de vazamento de informações importantes sobre o novo projeto de carros elétricos da Renault.

Em resposta ao episódio que revelou acusações infundadas, demissões injustas e pedidos de desculpas envergonhados, o presidente da companhia Carlos Ghosn afirmou que vai abrir mão de seu bônus anual. O gesto simboliza que, a partir de agora, a Renault quer colocar uma pedra bem pesada em cima do assunto.

Investigação

A denúncia de espionagem industrial veio à tona em agosto do ano passado, quando executivos do alto escalão da empresa receberam uma carta anônima afirmando que três diretores haviam vendido informações estratégicas da companhia. Os funcionários foram demitidos, mas, pouco tempo depois, o promotor estadual de Paris afirmou que o caso não se tratava de espionagem, mas de possível tentativa de fraude, retirando a culpa de cima dos ex-funcionários.

Além das demissões infundadas e sem direito de resposta, o conselho da montadora listou vários erros cometidos desde o estouro do caso. Um exemplo foi a omissão da investigação do departamento de segurança para o conselho e o comitê de auditoria. Esses erros foram os responsáveis pela perda do cargo de Pelata, ainda sem substituto.

O próximo passo da Renault, depois de virar essa página manchada de sua história, será recontratar Philippe Clogenson, um ex-diretor de marketing demitido em 2009 em ocasião parecida. Ele havia sido acusado de aceitar suborno por meio de uma conta secreta e, naquela época, aceitou um acordo com a companhia. A volta de Clogenson está prevista para o dia 2 de maio, quando começa a trabalhar como diretor de desenvolvimento de negócios da Renault Consulting.

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De acordo com a imprensa internacional, três funcionários dos serviços de segurança e três executivos dos departamentos de recursos humanos e jurídico foram demitidos pelo conselho após serem considerados culpados no caso de vazamento de informações importantes sobre o novo projeto de carros elétricos da Renault.

Em resposta ao episódio que revelou acusações infundadas, demissões injustas e pedidos de desculpas envergonhados, o presidente da companhia Carlos Ghosn afirmou que vai abrir mão de seu bônus anual. O gesto simboliza que, a partir de agora, a Renault quer colocar uma pedra bem pesada em cima do assunto.

Investigação

A denúncia de espionagem industrial veio à tona em agosto do ano passado, quando executivos do alto escalão da empresa receberam uma carta anônima afirmando que três diretores haviam vendido informações estratégicas da companhia. Os funcionários foram demitidos, mas, pouco tempo depois, o promotor estadual de Paris afirmou que o caso não se tratava de espionagem, mas de possível tentativa de fraude, retirando a culpa de cima dos ex-funcionários.

Além das demissões infundadas e sem direito de resposta, o conselho da montadora listou vários erros cometidos desde o estouro do caso. Um exemplo foi a omissão da investigação do departamento de segurança para o conselho e o comitê de auditoria. Esses erros foram os responsáveis pela perda do cargo de Pelata, ainda sem substituto.

O próximo passo da Renault, depois de virar essa página manchada de sua história, será recontratar Philippe Clogenson, um ex-diretor de marketing demitido em 2009 em ocasião parecida. Ele havia sido acusado de aceitar suborno por meio de uma conta secreta e, naquela época, aceitou um acordo com a companhia. A volta de Clogenson está prevista para o dia 2 de maio, quando começa a trabalhar como diretor de desenvolvimento de negócios da Renault Consulting.

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