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Diniz: estamos tranquilos em relação ao Cade

Por Rodrigo Petry, Anne Warth e Chiara Quintão São Paulo - O presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, disse hoje estar "muito tranquilo" em relação à aprovação do negócio por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Temos menos de 20% do mercado, contamos com pouco mais de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Por Rodrigo Petry, Anne Warth e Chiara Quintão

São Paulo - O presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, disse hoje estar "muito tranquilo" em relação à aprovação do negócio por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Temos menos de 20% do mercado, contamos com pouco mais de mil lojas, das 20 mil existentes no País", justificou. Segundo ele, as empresas já estarão trabalhando "alinhadas" desde a assinatura do contrato. A expectativa é de que em 120 dias ocorra o fechamento da operação.

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Já o diretor executivo da Casas Bahia, Michel Klein, negou que a associação com o grupo Pão de Açúcar esteja relacionada à saída do seu irmão, Saul Klein, da sociedade. "Não tem nada a ver", disse ele, em entrevista coletiva. Klein destacou que as Casas Bahia "vão continuar a existir e que está apenas investindo em uma nova empresa". De acordo com ele, a família Klein terá 49% da empresa que está sendo criada e a atual Casas Bahia continuará a pertencer 100% aos familiares.

A nova empresa que será criada da associação da Globex com a Casas Bahia receberá, pelo valor patrimonial contábil, os ativos e passivos operacionais, incluindo empregados, bens e direitos de propriedade intelectual da Casas Bahia e a dívida líquida de aproximadamente R$ 950 milhões. Segundo o acordo, cada uma das partes permanecerá responsável pelos passivos inerentes aos seus respectivos negócios anteriores à associação, tendo oferecido garantias do cumprimento de suas obrigações.

Segundo nota divulgada pelo Pão de Açúcar, entre os itens que não serão transferidos para a nova empresa estão todos os imóveis de propriedade da Casas Bahia, a participação societária na Indústria de Móveis Bartira, equivalente a 75% de seu capital social, participações societárias em sociedades exclusivamente patrimoniais, não operacionais, aeronaves e hangares, uma parcela da carteira de créditos no valor de R$ 1.067 bilhão, além de passivos e provisões identificados pelas duas empresas.

Ações

A disparada das ações da Globex (Ponto Frio) ontem na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acabou levando o Pão de Açúcar e a Casas Bahia a anteciparem o anúncio da associação para hoje, afirmou o presidente do conselho de administração do Pão de Açúcar, Abílio Diniz. O executivo informou que esperava ir à França, onde comunicaria o acordo à diretoria do Casino - sócia do Pão de Açúcar - e concluiria o negócio com mais calma durante o fim de semana.

No entanto, a alta de 35,4% das ações da Globex ontem gerou um questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Por essa razão, o anúncio foi antecipado, segundo o executivo, que já estava em Salvador a caminho de Paris e precisou "dar meia volta" para acelerar o processo. "Fechamos o negócio às 6h30 de hoje", afirmou Diniz.

Neste ano, a nova empresa deverá alcançar um faturamento de R$ 18,1 bilhões, similar ao resultado alcançado no ano passado, o que significa a liderança no varejo de bens duráveis. A expectativa é que a margem Ebitda (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) normalizada fique em 5%. Após os discursos, Diniz e o diretor-executivo da Casas Bahia, Michel Klein, se abraçaram em clima de euforia. "Estamos construindo uma empresa de enorme porte", celebrou Diniz. Segundo Klein, a nova empresa resultante da associação ainda não tem nome.

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