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Desaceleração do crescimento do Carrefour é desafio para novo CEO

Melhorar os negócios de hipermercado na França é prioridade do presidente-executivo Alexandre Bompard, que assumiu em julho

Carrefour: as vendas no trimestre somaram € 21,86 bilhões, em linha com as estimativas de analistas (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)

Carrefour: as vendas no trimestre somaram € 21,86 bilhões, em linha com as estimativas de analistas (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de outubro de 2017 às 18h29.

Paris - As vendas do Carrefour desaceleraram acentuadamente no terceiro trimestre devido ao enfraquecimento da demanda em seu principal mercado francês, disse a segundo maior varejista do mundo nesta quarta-feira, destacando o desafio que seu novo chefe enfrenta.

Melhorar os negócios de hipermercado na França é prioridade do presidente-executivo Alexandre Bompard, que assumiu em julho.

Essa meta iludiu vários de seus antecessores devido à competição acirrada, descontos de concorrentes online e à rival Leclerc.

As vendas do Carrefour no trimestre somaram 21,86 bilhões de euros, em linha com as estimativas de analistas.

O crescimento desacelerou para 0,5 por cento em termos comparáveis, excluindo os efeitos de combustível e calendário, ante 2,8 por cento no trimestre anterior.

Na França, onde o Carrefour obtém 47 por cento das suas vendas, a receita em termos comparáveis caiu 0,9 por cento após um crescimento de 1,9 por cento no segundo trimestre, com vendas de hipermercados e supermercados ficando negativas.

Analistas do Bernstein dizem que dados do setor mostram que o Carrefour perdeu participação de mercado no varejo alimentício na França nas quatro semanas até 1º de outubro e está agora com 20,7 por cento, atrás da Leclerc.

Eles acrescentaram que o negócio de hipermercados foi responsável por queda de 0,8 por cento na participação de mercado do Carrefour.

No Brasil, segundo maior mercado do Carrefour, o cenário econômico melhorou, mas as vendas foram prejudicadas pela deflação dos alimentos. O Carrefour listou em bolsa sua unidade brasileira em julho.

O Carrefour alertou em agosto que seu lucro operacional pode cair em cerca de 12 por cento este ano, e reduziu sua meta de vendas para 2 a 4 por cento em taxas cambiais constantes.

A empresa, que se comprometeu com um plano de reestruturação até o fim do ano, reiterou metas financeiras.

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