A Fiat quer revisar os acordos com os sindicatos italianos (Tiziana Fabi/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2010 às 12h55.
Milão - As declarações do diretor executivo da Fiat, maior grupo industrial italiano, afirmando que a montadora não faturou "um euro sequer" com vendas na ItÁlia, geraram polêmica nesta segunda-feira no país.
"A verdade é que a Fiat de Sergio Marchionne quer ir embora da Itália", disse Guglielmo Epifani, secretário-geral do sindicato CGIL, referindo-se ao diretor executivo da Fiat.
Já Giorgio Cremaschi, diretor da Fiom, agremiação do setor metalúrgico, qualificou as declarações de "baixas e falsas".
Marchionne, conhecido pela franqueza, afirmou na noite de domingo em um programa de televisão que "nem um euro sequer dos dois bilhões ganhos vêm da Itália. Estamos no prejuízo aqui", mencionando o faturamento do ano de 2010 da companhia.
Para o executivo, de nacionalidade ítalo-canadense, a Fiat "teria ido melhor" se excluísse os resultados de suas operações na Itália.
A maior produtora de automóveis italiana foi fundada em 1899 em Turin (norte), e até hoje é considerada a empresa-símbolo da industrialização do país.
Marchionne faz pressão para que os sindicatos aceitem revisar os acordos atuais, concedendo mais flexibilidade para que as fábricas se tornem mais competitivas a nível mundial.