Negócios

De Porto Alegre a Jurerê: CFL lançará R$ 1 bi em imóveis de luxo no Sul

Construtora especializada em imóveis de luxo investe para aproveitar mudança no hábito de vida impulsionado pela covid-19

Empreendimento da CFL em Jurerê (SC): espaço e conforto para quem pode pagar (CFL/Divulgação)

Empreendimento da CFL em Jurerê (SC): espaço e conforto para quem pode pagar (CFL/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2021 às 19h58.

Última atualização em 9 de abril de 2021 às 20h06.

Se os tempos são de ficar em casa, que seja com espaço e conforto. Ao menos, claro, para quem pode pagar. Os apartamentos e casas de alto padrão têm sido um dos setores que se beneficiaram das duras condições de isolamento social dos últimos meses. Para a construtora gaúcha CFL, especializada em imóveis de alto padrão, foi uma oportunidade de voltar a acelerar.

A companhia com sede em Porto Alegre tem negócios também em Florianópolis, atendendo clientes de médio alto e alto padrão com imóveis comerciais e, sobretudo, residenciais. Este ano, se prepara para lançar oito empreendimentos, sendo cinco em Porto Alegre e três em Florianópolis. Num futuro próximo deve chegar também a Curitiba, fechando as capitais do Sul – e a ideia é não se aventurar muito além do terreno que conhece bem.

Luciano Correa, presidente da CFL, afirma que em 2021 a empresa voltará ao patamar que alcançou nos anos de auge do mercado mobiliário, entre 2010 e 2012, com 1 bilhão de reais em lançamentos ao ano. A diferença é que na época o mercado vivia uma onda de euforia, com dezenas de empresas abrindo capital na Bolsa e investindo fora de sua zona de conforto.

Segundo Correa, os anos de crise que culminaram na pandemia reforçaram a importância de uma estratégia e de uma proposta de valor claros. É por isso que a CFL não pretende ir além das três capitais do Sul, nem buscar mercados fora da alta renda.

“Com 1 bi a 1,2 bi em lançamentos por ano, conseguimos aliar escala e rentabilidade com projetos que tenham o nosso perfil. Buscamos fazer apartamentos com atmosfera de casa, integrados à natureza, para moradia ou para segunda residência”, diz o empresário.

Entre os novos empreendimentos está o Estância Residências do Golfe, que inclui apartamentos, hotel e escritórios, em Porto Alegre. Ou o Moradas do Canto, com unidades de até 622 metros quadrados na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, próximo a praias e à natureza.

Os lançamentos acontecem após anos de recolhimento da companhia, no auge da crise econômica de 2015 a 2018, quando a CFL focou em renovar o banco de terrenos para um novo ciclo de expansão. Este novo ciclo, na visão de Correa, tende a ser mais saudável para o mercado imobiliário. Os juros estão em mínimas históricas, e devem ficar baixos para os padrões brasileiros, o que tende a gerar uma onda positiva para quem quer investir ou trocar de imóvel. A concessão de crédito imobiliário, por exemplo, dobrou de 2018 para 2020 no Brasil, para a casa dos 120 bilhões de reais ao ano.

A região Sul, foco da CFL, vem crescendo acima da média brasileira nos últimos anos, o que reforça a confiança da companhia. Um ponto de atenção está nos imóveis comerciais, cujo futuro ainda é um grande ponto de interrogação. Uma prorrogação da pandemia, impactando o crescimento econômico e a confiança dos consumidores para além do primeiro semestre também podem jogar contra o mercado imobiliário.

Para Luciano Correa, o fato de poder passar por tempos turbulentos num campo de golfe em Porto Alegre ou com vista para o mar em Florianópolis é um atrativo incomparável. Seu perfil de clientes, afinal, sofre como todos os brasileiros nesta pandemia – mas tem poder aquisitivo para fazer bons negócios em meio à turbulência.

Acompanhe tudo sobre:ImóveisLuxoSul

Mais de Negócios

Esta marca brasileira faturou R$ 40 milhões com produtos para fumantes

Esse bilionário limpava carpetes e ganhava 3 dólares por dia – hoje sua empresa vale US$ 2,7bi

Os 90 bilionários que formaram a 1ª lista da Forbes — três eram brasileiros

Eles estudaram juntos e começaram o negócio com R$ 700. Agora faturam R$ 12 milhões