São Paulo - Só nesta semana, três produtoras de leite enfrentaram problemas devido à contaminação de seus produtos. No Rio de Janeiro, o Procon proibiu que o leite Elegê fosse vendido na capital devido à má qualidade. A BRF, dona da marca, pode ter de pagar multa de 1,2 milhão de reais e ainda responder por crime contra o consumidor. No Rio Grande do Sul, o Ministério Público estadual descobriu uma fraude que consistia em adicionar água e ureia – que contém formol e é cancerígeno – ao leite. As marcas Parmalat e Líder foram envolvidas. Essa porém, não é a primeira vez que empresas se veem encrencadas porque tiveram produtos contaminados. Relembre alguns casos:
Em agosto do ano passado, foram encontrados pelos de roedores em três lotes do ketchup Heinz. O produto contaminado era fabricado pela empresa Delimex e importado do México pela Quero Alimentos. A descoberta foi feita em análises feitas pela Anvisa e pela associação de defesa do consumidor Proteste.
A Unilever perdeu cerca de 200 milhões de reais com o recall de sucos da marca Ades, contaminados com uma solução de limpeza na hora do envase, em 2013. Em março daquele ano, a Anvisa chegou a suspender a fabricação, distribuição comercialização e consumo de todos os lotes da marca no país inteiro. A empresa teve de recolher 96 unidades do produto, que poderia provocar queimaduras nos consumidores. E, para conter a crise chegou a marca Soy Force, numa estratégia para reconquistar a demanda por bebidas à base de soja.
Três consumidoras de Cup Noodles foram surpreendidas por insetos e larvas junto ao macarrão, em julho do ano passado. As três denunciaram o caso à Secretaria de Proteção e Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro. O resultado foi que o Procon do estado determinou que a fabricante da marca, Nissin-Ajinomoto Alimentos, retirasse o lote do produto do mercado.
Em setembro do ano passado, a Johnson & Johnson fez um recall voluntário do medicamento Risperdal Consta. Durante um processo de teste de rotina, a fabricante encontrou mofo no antipsicótico. O lote contaminado poderia conter cerca de 70 mil doses do remédio contra esquizofrenia e transtorno bipolar.
A Nestlé teve de recolher das prateleiras dois de seus produtos fabricados com carnes da JBS, na Espanha e Itália, em fevereiro do ano passado. O motivo foram testes que apontaram a presença de mais de 1% de carne de cavalo nos produtos. A Nestlé também suspendeu a entrega de produtos de alimentos fornecidos pela alemã H.J. Schypke, subcontratada da JBS Toledo, subsidiária bela do grupo brasileiro.
Lotes de rolinhos de canela com cobertura, da marca Pillsbury, também precisaram ser recolhidos nos Estados Unidos. A dona da marca, General Mills decidiu fazer o recall preventivo porque os alimentos poderiam conter fragmentos de uma peça de plástico que se quebrou na produção da massa.
Em agosto do ano passado a Danone teve de recolher lotes de leite em pó infantil em nove países, incluindo China e Malásia. O recall ocorreu depois que a empresa de laticínios Fonterra, da Nova Zelândia, disse ter encontrado um ingrediente potencialmente fatal no produto. Posteriormente, ficou comprovado que o ingrediente continha uma bactéria menos nociva do que o divulgado e a Danone entrou com uma ação contra a Fonterra para compensar o dinheiro das vendas perdidas.
No ano passado, 900 mil litros de leite das marcas Mumu, Italac e Líder também precisaram ser recolhidos por adulteração. Eles continham a mesma substância encontrada nos leites que sofreram recall neste ano: ureia. A contaminação veio à tona após uam investigação do Ministério Público do Rio Grande do Sul.
Mais de 500 xampus da linha Avon Care Hidratante tiveram de ser retirados do mercado em julho de 2012. Eles continham uma bactéria capaz de causar ou agravar qualquer quadro infeccioso. Na época do incidente, a Avon disse que não havia recebido nenhuma reclamação sobre o produto antes de iniciar o recall, mas que decidiu fazer a substituição ainda que o risco de impacto à saúde fosse baixo.
11. Agora veja 8 "brincadeiras" de funcionários que pegaram mal para as empresaszoom_out_map
O empreendedor mineiro Rodrigo Abreu fundou a UP2Tech em 2014, enfrentou crises e cresceu. A empresa projeta faturar R$ 500 milhões em 2024, com destaque em e-commerce, games e tecnologia para pecuária