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De caixa eletrônico a open banking: TecBan quer unir o físico e o digital

Dona do Banco24Horas fez uma parceria com a fintech Ozone, fundada pelos formuladores britânicos do open banking, para ajudar as instituições brasileiras

Tiago Aguiar, superintendente da TecBan: empresa fará uma ponte não apenas de dinheiro físico, mas também de dados, o que pode representar uma grande transformação (Tecban/Divulgação)

Tiago Aguiar, superintendente da TecBan: empresa fará uma ponte não apenas de dinheiro físico, mas também de dados, o que pode representar uma grande transformação (Tecban/Divulgação)

NF

Natália Flach

Publicado em 17 de junho de 2020 às 15h27.

Última atualização em 18 de junho de 2020 às 10h07.

Os pagamentos digitais ganharam força durante o período de isolamento social e podem receber um novo empurrãozinho com o open banking. A iniciativa – que deve transformar o sistema financeiro brasileiro ao permitir que empresas e startups acessem dados bancários de clientes que autorizarem as consultas – tem o intuito de impulsionar a concorrência e criar um ambiente menos concentrado com a entrada de novos provedores de serviços interessados em facilitar o dia a dia dos consumidores.

Com isso, todos os participantes desse ecossistema precisarão se adaptar à nova realidade. Inclusive, a TecBan, administradora dos 23.000 caixas eletrônicos da rede Banco24Horas, por onde passam 4,6% do produto interno bruto brasileiro.

Conhecida por facilitar o acesso ao dinheiro físico, a companhia que faturou 2,37 bilhões de reais e lucrou 57 milhões de reais no ano passado quer agora ajudar o setor financeiro a se adequar ao open banking. Para isso, fez uma parceria inédita com a fintech britânica Ozone, fundada pelos formuladores do open banking no Reino Unido.

"O nosso objetivo com a parceria é fazer com que as instituições tenham redução de custos na implementação do open banking", explica Tiago Aguiar, superintendente de novas plataformas da TecBan.

Segundo o executivo, as conversas com bancos e fintechs já começaram. "A plataforma é modular e permite que os participantes do mercado escolham se querem a infraestrutura completa ou se querem desenvolver parte da sua infraestrutura. Mas, no fim, todas precisam conversar entre si", afirma.

O primeiro passo será fazer testes em um espaço controlado (ou sandbox) da Ozone, onde serão desenvolvidos aplicativos e serviços de acordo com as diretrizes já estabelecidas. Os resultados devem impulsionar a inovação e apoiar a criação de parâmetros antes da implementação do open banking no Brasil, que deverá ter as primeiras trocas de informações de clientes em 31 de maio do ano que vem.

No Reino Unido, foram necessários três anos para definir e implementar o padrão de open banking, e a jornada ainda não está concluída. “Criamos a Ozone, porque vimos como era difícil para bancos e fintechs interpretarem e implementarem o padrão sem uma sandbox totalmente funcional”, diz Chris Michael, cofundador e CEO da Ozone, em nota. A plataforma foi usada por centenas de bancos e terceiros enquanto eles testavam suas proposições.

"A TecBan é uma empresa de tecnologia que faz gestão de caixas eletrônicos. Agora, fará uma ponte não apenas de dinheiro físico, mas também de dados, o que pode representar uma grande transformação." 

Ecossistema do open banking

Fonte: TecBan

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