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Danone vai para o contra-ataque

Chega aos supermercados um produto novo, que exigiu um investimento de R$ 120 milhões - o maior já realizado pela Danone no Brasil em quatro décadas

Danone Danio sabor morando (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 14h37.

São Paulo - Maior fabricante de iogurtes do mundo, a Danone não está acostumada a ficar para trás. Depois de lançar no Brasil, em 2004, o Activia, produto que revolucionou o mercado no País, a multinacional francesa perdeu o bonde na corrida pelo iogurte grego: só conseguiu lançar o seu em março deste ano - oito meses depois de concorrentes como a Vigor e a Nestlé terem estreado essa categoria no mercado nacional. Agora, os franceses vão para o contra-ataque.

Chega nesta segunda-feira, 23, às prateleiras dos supermercados um produto novo, que exigiu um investimento de R$ 120 milhões - o maior já realizado pela Danone no Brasil em quatro décadas e também o mais expressivo feito pela multinacional, neste ano, no mundo. “

A tecnologia necessária para a produção desse iogurte não estava disponível no Brasil”, diz o argentino Mariano Lozano, presidente da área de lácteos da Danone no País, que deve faturar R$ 2 bilhões este ano. “Tivemos de trazer equipamentos de fora e adaptar nossa planta.” A receita requer três vezes mais leite que um iogurte tradicional da Danone.

Embora não tenha nenhum apelo “de grego”, a origem da nova marca, batizada de Danio, está, de certa forma, ligada a essa categoria de iogurtes, caracterizada por ter uma consistência mais firme e um sabor mais acentuado. Aqui, os “gregos” respondem por aproximadamente 4% da venda de iogurtes.

Nos EUA, eles devem representar mais da metade das vendas já no ano que vem. Lá, quem começou a produção de gregos, em 2007, foi a novata Chobani - empresa criada por um empresário turco que era fornecedor da Danone.


A fórmula desenvolvida por ele, com mais proteína e menos gordura, foi sucesso absoluto nos Estados Unidos. Para concorrer com a Chobani, a Danone criou o Oikos em 2011. “No mercado americano, o iogurte grego tem status de ‘lanche’ e não de sobremesa, como tem no Brasil e na Europa”, diz Lozano. “

Isso faz com que o consumo seja muito maior.” A fórmula, segundo ele, é diferente porque o leite passa por um processo de concentração, que eleva o teor de proteína e aumenta a saciedade.

O Danio, que está sendo lançado hoje, é uma versão brasileira do iogurte grego que revolucionou o mercado americano. A marca já existe na Polônia e na Inglaterra, mas a fórmula é ligeiramente diferente, para se adaptar ao padrão dos consumidores de cada país. No Brasil, por exemplo, o iogurte é mais doce.

Sem nenhuma alusão à Grécia, a embalagem do Danio traz em destaque a frase “Mata a sua fome”. A ideia é vender o produto como uma opção a biscoitos e barrinhas de cereal consumidos nas refeições intermediárias. “O iogurte grego não passa de uma invenção marqueteira”, diz o presidente Danone.

Os concorrentes brasileiros ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo rebatem a versão de que a fórmula de Danio e o processo de fabricação são inovadores no mercado nacional. Mas sem conhecer os segredos industriais de cada um é difícil tirar essa dúvida.

O novo produto deve ajudar a operação brasileira da Danone a atingir a meta de dobrar de tamanho a cada quatro anos. Ainda assim, ele não está cotado para tomar o lugar dos líderes de venda, Activia e Danoninho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Maior fabricante de iogurtes do mundo, a Danone não está acostumada a ficar para trás. Depois de lançar no Brasil, em 2004, o Activia, produto que revolucionou o mercado no País, a multinacional francesa perdeu o bonde na corrida pelo iogurte grego: só conseguiu lançar o seu em março deste ano - oito meses depois de concorrentes como a Vigor e a Nestlé terem estreado essa categoria no mercado nacional. Agora, os franceses vão para o contra-ataque.

Chega nesta segunda-feira, 23, às prateleiras dos supermercados um produto novo, que exigiu um investimento de R$ 120 milhões - o maior já realizado pela Danone no Brasil em quatro décadas e também o mais expressivo feito pela multinacional, neste ano, no mundo. “

A tecnologia necessária para a produção desse iogurte não estava disponível no Brasil”, diz o argentino Mariano Lozano, presidente da área de lácteos da Danone no País, que deve faturar R$ 2 bilhões este ano. “Tivemos de trazer equipamentos de fora e adaptar nossa planta.” A receita requer três vezes mais leite que um iogurte tradicional da Danone.

Embora não tenha nenhum apelo “de grego”, a origem da nova marca, batizada de Danio, está, de certa forma, ligada a essa categoria de iogurtes, caracterizada por ter uma consistência mais firme e um sabor mais acentuado. Aqui, os “gregos” respondem por aproximadamente 4% da venda de iogurtes.

Nos EUA, eles devem representar mais da metade das vendas já no ano que vem. Lá, quem começou a produção de gregos, em 2007, foi a novata Chobani - empresa criada por um empresário turco que era fornecedor da Danone.


A fórmula desenvolvida por ele, com mais proteína e menos gordura, foi sucesso absoluto nos Estados Unidos. Para concorrer com a Chobani, a Danone criou o Oikos em 2011. “No mercado americano, o iogurte grego tem status de ‘lanche’ e não de sobremesa, como tem no Brasil e na Europa”, diz Lozano. “

Isso faz com que o consumo seja muito maior.” A fórmula, segundo ele, é diferente porque o leite passa por um processo de concentração, que eleva o teor de proteína e aumenta a saciedade.

O Danio, que está sendo lançado hoje, é uma versão brasileira do iogurte grego que revolucionou o mercado americano. A marca já existe na Polônia e na Inglaterra, mas a fórmula é ligeiramente diferente, para se adaptar ao padrão dos consumidores de cada país. No Brasil, por exemplo, o iogurte é mais doce.

Sem nenhuma alusão à Grécia, a embalagem do Danio traz em destaque a frase “Mata a sua fome”. A ideia é vender o produto como uma opção a biscoitos e barrinhas de cereal consumidos nas refeições intermediárias. “O iogurte grego não passa de uma invenção marqueteira”, diz o presidente Danone.

Os concorrentes brasileiros ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo rebatem a versão de que a fórmula de Danio e o processo de fabricação são inovadores no mercado nacional. Mas sem conhecer os segredos industriais de cada um é difícil tirar essa dúvida.

O novo produto deve ajudar a operação brasileira da Danone a atingir a meta de dobrar de tamanho a cada quatro anos. Ainda assim, ele não está cotado para tomar o lugar dos líderes de venda, Activia e Danoninho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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