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Daimler sai da EADS em operação de US$2,9 bi

Companhia alemã vendeu sua participação remanescente na controladora da Airbus quase 13 anos depois de ter ajudado na sua fundação


	Novo Airbus A319 na fábrica Daimler Benz Aerospace (DASA) em Hamburgo: companhia vendeu 61,1 milhões de ações em meio à forte demanda de investidores internacionais
 (Peter Mueller/Reuters)

Novo Airbus A319 na fábrica Daimler Benz Aerospace (DASA) em Hamburgo: companhia vendeu 61,1 milhões de ações em meio à forte demanda de investidores internacionais (Peter Mueller/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2013 às 08h34.

Frankfurt - A companhia alemã Daimler vendeu sua participação remanescente na EADS por cerca de 2,2 bilhões de euros (2,9 bilhões de dólares), saindo por completo de suas atividades aeroespaciais quase 13 anos depois de ter ajudado a fundar a controladora da Airbus.

A Daimler disse que vendeu 61,1 milhões de ações a 37 euros cada, no topo da faixa indicativa, em meio à forte demanda de investidores internacionais. A própria EADS adquiriu 600 milhões de suas próprias ações, como parte da operação.

"Os recursos obtidos com essa venda estão contribuindo positivamente para o nosso fluxo de caixa livre este ano e, acrescentando os lucros de nossos negócios em andamento, também vai dar suporte para nossa política de dividendos estáveis", afirmou o diretor financeiro, Bodo Uebber, em um comunicado.

Analistas receberam bem a iniciativa que ajudou a remover a incerteza sobre como a Daimler iria financiar distribuição de dividendos este ano. Os recursos obtidos com a venda da participação na EADS quase cobrem os 2,20 euros por ação aprovados para distribuição este mês, o que equivale a aproximadamente 2,3 bilhões de euros.

"A transação deve dar apoio ao atraente dividendo das ações da Daimler, que é a principal razão para nossa recomendação de manter (a ação em carteira)", escreveu o analista do DZ Bank, Michael Punzet, em nota a clientes.

A venda das ações pela Daimler ocorre em seguida à saída da empresa parceira na fundação da EADS, Lagardère, na semana passada, que abriu caminho para o grupo aeroespacial ter um maior número de ações em circulação no mercado.

A EADS foi criada em 2000 a partir da fusão de várias companhias aeroespaciais europeis, incluindo a DASA, da Daimler. A montadora alemã recebeu uma participação de 30 por cento depois da criação da EADS, mas ao longo do tempo a empresa foi reduzindo a fatia.

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