Negócios

CVM considera comunicado da Petrobras ‘insuficiente’

O órgão regulador do mercado de capitais pediu mais explicações à companhia


	Graça Foster: um dos pontos questionados pela comissão foi a ausência dos nomes dos diretores que resolveram deixar a estatal
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Graça Foster: um dos pontos questionados pela comissão foi a ausência dos nomes dos diretores que resolveram deixar a estatal (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 09h09.

Rio - O sucinto comunicado enviado na quinta-feira pela Petrobras informando a renúncia da presidente da companhia, Graça Foster, e de cinco diretores foi considerado insuficiente pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

O órgão regulador do mercado de capitais pediu mais explicações à companhia. Um dos pontos questionados pela comissão foi a ausência dos nomes dos diretores que resolveram deixar a estatal.

A CVM também questiona o fato de a empresa não ter divulgado a informação por meio de fato relevante, mas de um comunicado de apenas três linhas.

São consideradas fato relevante todas as decisões da empresa, seus administradores e controladores, que possam influir nas cotações e nas decisões de investimentos.

Para garantir o amplo acesso do mercado à divulgação do fato relevante, é necessário seguir uma série de regras: ser publicado em jornal de grande circulação, além de ser encaminhado à CVM e às bolsas de valores por meio de seus sistemas eletrônicos. Já o comunicado ao mercado foi criado para outras informações importantes, mas não tão relevantes.

Por escrito

A empresa deverá ainda informar se a renúncia de Graça e dos diretores foi entregue por escrito. O artigo 151 da Lei das Sociedades Anônimas prevê que a saída só é válida quando isso ocorre. As respostas deverão ser encaminhadas até as 9h30 desta quinta-feira.

A notícia da renúncia da presidente e dos executivos da estatal foi divulgada em resposta a um pedido de esclarecimento encaminhado pela CVM e pela BM&FBovespa na véspera.

As duas instituições questionam a disparada dos papéis da companhia no dia dos rumores da saída de Graça Foster da presidência da Petrobras, que ofuscaram o rebaixamento da nota de risco da empresa pela Fitch. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCVMEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasExecutivos brasileirosGás e combustíveisGraça FosterIndústria do petróleoMulheres executivasPetrobrasPetróleo

Mais de Negócios

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem