Cteep é contra renovar concessão; lucro cai 30% no 3o tri
A empresa também divulgou queda de 30 por cento no lucro do terceiro trimestre na comparação anual, para 241,3 milhões de reais
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2012 às 20h33.
São Paulo - A transmissora de energia Cteep vai propor aos acionistas que rejeitem a renovação antecipada da concessão que vence em 2015, em mais um provável revés do governo federal em seu plano para reduzir a conta de luz no ano que vem.
A empresa também divulgou queda de 30 por cento no lucro do terceiro trimestre na comparação anual, para 241,3 milhões de reais.
Em reunião nesta segunda-feira, o Conselho de Administração da Cteep decidiu que o melhor para a empresa é que "não seja realizada" a renovação da concessão nos termos e condições estabelecidas pelo governo.
Analistas já esperavam a rejeição da proposta do governo pela Cteep. Outras companhias, como Cesp e Cemig, ainda estão avaliando se recomendarão ou não aos sócios a extensão dos contratos.
Para diminuir a tarifa de energia paga pelo usuário final, o governo da presidente Dilma Rousseff está propondo a antecipação da renovação de concessões elétricas que venceriam de 2015 a 2017. Para isso, vai indenizar as concessionárias por investimentos não depreciados, e exigirá uma redução de cerca de 70 por cento na receita obtida com esses ativos velhos.
Além disso, o governo está reduzindo ou eliminando encargos sobre o setor elétrico para aliviar a conta de luz.
A não renovação das concessões pela Cteep, se confirmada, impedirá o governo de retirar da conta de luz dos consumidores o montante de 1,7 bilhão de reais por ano, até meados de 2015, quando a concessão termina e os ativos voltarão à União para nova licitação.
O valor representa a diferença entre a receita anual que a Cteep tem garantida com os ativos pelos contratos vigentes --de 2,2 bilhões de reais-- e o valor do faturamento proposto pelo governo para renovação antecipada --de 516 milhões de reais por ano.
A Cteep fará assembleia geral em 3 de dezembro para deliberar sobre o assunto --a data limite para assinatura dos aditivos aos contratos para as concessionárias que optarem pela renovação é 4 de dezembro.
Autoridades do governo têm afirmado que será possível o corte na conta de luz prometido por Dilma de 20 por cento, em média, mesmo se algumas empresas elétricas não aceitarem renovar as concessões.
A estatal mineira Cemig optou por deixar três hidrelétricas fora do pedido de renovação de concessões. Pelos cálculos do governo, a queda média da conta de luz sem a renovação de três usinas da Cemig seria de 19 por cento, e não 20 por cento.
Receita e Ebitda menores - A linha final do resultado trimestral da Cteep foi afetada pela queda na receita líquida consolidada, que caiu 10,1 por cento, para 806,1 milhões de reais de julho a setembro, devido ao menor faturamento de construção pela entrada em operação de alguns empreendimentos.
O Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação-- foi de 459,7 milhões de reais no trimestre encerrado em setembro, com margem de 57 por cento. Um ano antes, o Ebitda tinha sido de 509,4 milhões de reais, com margem de 56,8 por cento.
A Cteep diz ser a maior concessionária privada de transmissão de energia do país, sendo responsável pelo transporte anual de 28,2 por cento da energia elétrica produzida no Brasil.
São Paulo - A transmissora de energia Cteep vai propor aos acionistas que rejeitem a renovação antecipada da concessão que vence em 2015, em mais um provável revés do governo federal em seu plano para reduzir a conta de luz no ano que vem.
A empresa também divulgou queda de 30 por cento no lucro do terceiro trimestre na comparação anual, para 241,3 milhões de reais.
Em reunião nesta segunda-feira, o Conselho de Administração da Cteep decidiu que o melhor para a empresa é que "não seja realizada" a renovação da concessão nos termos e condições estabelecidas pelo governo.
Analistas já esperavam a rejeição da proposta do governo pela Cteep. Outras companhias, como Cesp e Cemig, ainda estão avaliando se recomendarão ou não aos sócios a extensão dos contratos.
Para diminuir a tarifa de energia paga pelo usuário final, o governo da presidente Dilma Rousseff está propondo a antecipação da renovação de concessões elétricas que venceriam de 2015 a 2017. Para isso, vai indenizar as concessionárias por investimentos não depreciados, e exigirá uma redução de cerca de 70 por cento na receita obtida com esses ativos velhos.
Além disso, o governo está reduzindo ou eliminando encargos sobre o setor elétrico para aliviar a conta de luz.
A não renovação das concessões pela Cteep, se confirmada, impedirá o governo de retirar da conta de luz dos consumidores o montante de 1,7 bilhão de reais por ano, até meados de 2015, quando a concessão termina e os ativos voltarão à União para nova licitação.
O valor representa a diferença entre a receita anual que a Cteep tem garantida com os ativos pelos contratos vigentes --de 2,2 bilhões de reais-- e o valor do faturamento proposto pelo governo para renovação antecipada --de 516 milhões de reais por ano.
A Cteep fará assembleia geral em 3 de dezembro para deliberar sobre o assunto --a data limite para assinatura dos aditivos aos contratos para as concessionárias que optarem pela renovação é 4 de dezembro.
Autoridades do governo têm afirmado que será possível o corte na conta de luz prometido por Dilma de 20 por cento, em média, mesmo se algumas empresas elétricas não aceitarem renovar as concessões.
A estatal mineira Cemig optou por deixar três hidrelétricas fora do pedido de renovação de concessões. Pelos cálculos do governo, a queda média da conta de luz sem a renovação de três usinas da Cemig seria de 19 por cento, e não 20 por cento.
Receita e Ebitda menores - A linha final do resultado trimestral da Cteep foi afetada pela queda na receita líquida consolidada, que caiu 10,1 por cento, para 806,1 milhões de reais de julho a setembro, devido ao menor faturamento de construção pela entrada em operação de alguns empreendimentos.
O Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação-- foi de 459,7 milhões de reais no trimestre encerrado em setembro, com margem de 57 por cento. Um ano antes, o Ebitda tinha sido de 509,4 milhões de reais, com margem de 56,8 por cento.
A Cteep diz ser a maior concessionária privada de transmissão de energia do país, sendo responsável pelo transporte anual de 28,2 por cento da energia elétrica produzida no Brasil.