CSU diz estar preparada para atender novos credenciadores; ações disparam
A companhia vai investir cerca de 15 milhões até 2010 para viabilizar as operações com cartões
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 17h30.
Um dia após o banco Santander informar que está mais perto de atuar no mercado de operações com cartões de crédito, a CSU CardSystem, maior administradora de meios eletrônicos de pagamento da América Latina, anunciou nesta quinta feira (19/11) que está preparada para atender novos credenciadores. Depois do comunicado, as ações da companhia estão em forte alta, com 11,78% de valorização, para 8,16 reais.
Ao longo dos últimos 18 meses, a companhia customizou seu software de processamento para atender este mercado, fortemente liderado pela Redercad e Cielo (antiga Visanet). De acordo com a empresa, o investimento para viabilizar as operações com diversas bandeiras de cartões de crédito é de 15 milhões de dólares, valor previsto até o fim de 2010.
A CSU informou, ainda, que investiu cerca de 100 milhões de dólares neste software ao longo de dezoito anos. O sistema possui mais de dez milhões de linhas, incluindo cinco milhões de linhas de programas customizados. Segundo a CSU, isso permite que empresas interessadas em concorrer no setor terceirizem todas as atividades através de um tecnologia "flexível às necessidades dos clientes".
Com as novas regulamentações para a indústria de cartões, que acabou quebrando o duopólio da Redecard e Cielo, o mercado se abriu a outras empresas e levou companhias que nunca atuaram no setor a se mobilizarem para entrar na disputa. No caso do Santander, o banco informou que está em negociações avançadas com a gaúcha Getnet para atuar como adquirente, ou seja, realizando o credenciamento dos estabelecimentos comerciais para aceitar cartões de crédito ou débito.
Em resposta às especulações de que as líderes do segmento iriam perder boa fatia do mercado, a Redecard e a Cielo têm um discurso consensual. Ambas acreditam que o mercado brasileiro de cartões ainda tem muito espaço para crescer e isso, de certa forma, compensaria as possíveis perdas com novos concorrentes.