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CSN tem meta de vender R$ 8 bi em ativos

A CSN anunciou a venda da fabricante de latas Metalic no final de agosto, por 98 milhões de dólares

CSN: empresa pretende investir cerca de 780 milhões de reais em 2017 (ARQUIVO)

CSN: empresa pretende investir cerca de 780 milhões de reais em 2017 (ARQUIVO)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 15h21.

São Paulo - A Companhia Siderúrgica Nacional tem meta de vender cerca de 8 bilhões de reais em ativos, afirmou o presidente-executivo da empresa, Benjamin Steinbruch, nesta segunda-feira, acrescentando que a empresa espera uma melhora de margens no próximo ano apoiada em reajustes de preços de aço.

"O número que estamos mirando para efeitos de desalavancagem é algo em torno de 8 bilhões (de reais)", afirmou o empresário em teleconferência a analistas de mercado. "Pessoal fala que não gosto de vender. Realmente não, é uma tradição da CSN, até agora só compramos, mas quebramos essa premissa com a venda da Metalic. Queremos reduzir endividamento", disse Steinbruch.

A CSN anunciou a venda da fabricante de latas Metalic no final de agosto, por 98 milhões de dólares, para a europeia Can-Pack.

Mais cedo, a siderúrgica divulgou que encerrou o terceiro trimestre com queda de 81 por cento no prejuízo líquido sobre o mesmo período do ano passado, a 100 milhões de reais.

As ações da empresa tinham alta de 1,3 por cento às 14h55, enquanto o Ibovespa mostrava recuo de 0,7 por cento.

Steinbruch, porém, não citou prazos para a empresa conseguir os 8 bilhões de reais em desinvestimentos. Ele afirmou que a CSN pode eventualmente vender participação de 20 a 30 por cento da unidade de mineração Congonhas Minérios e que pretende continuar retendo o controle da divisão formada pela mina Casa de Pedra e pela mineradora Namisa.

Em setembro, a Reuters publicou que a CSN poderia vender 25 por cento da Congonhas Minérios para investidores chineses. A empresa é a segunda maior produtora de minério de ferro do Brasil.

Steinbruch comentou que a companhia espera para o quarto trimestre o melhor resultado do ano e acrescentou que a empresa está pedindo reajuste de 25 por cento a partir de janeiro nos preços de aço vendido a grandes clientes como montadoras de veículos. Para o restante da indústria, a CSN tem intenção de reajustar os preços em 10 por cento a partir do início do próximo ano.

Neste ano, a empresa reajustou os preços do aço em cerca de 35 por cento para a indústria em geral. O setor de veículos ainda não teve reajustes por contar com contratos de prazo mais longo.

Ainda dentro da estratégia para reduzir o endividamento, que terminou o terceiro trimestre em 25,8 bilhões de reais em termos líquidos, estável ante o segundo trimestre, a CSN pretende investir cerca de 780 milhões de reais em 2017, metade do previsto para este ano, disse Steinbruch.

A companhia tem débitos de 5,5 bilhões de reais vencendo em 2018 e 7,3 bilhões vencendo em 2019. A relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado encerrou setembro em 7,4 vezes, ante 8,3 vezes em junho e 6,6 vezes no fim de setembro de 2015.

"Continuamos persistindo na venda de ativos. Vamos fazê-lo de forma inteligente, não vamos fazer de forma precipitada ou pressionada. São ativos que geram Ebitda e isso tem que ser feito de forma cuidadosa para maximizar os valores", disse Steinbruch.

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