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Em crise, Brenco perde três executivos

Um vice-presidente e dois diretores deixaram a empresa de etanol na semana passada

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Em meio a uma crise financeira, a Brenco, companhia planejada para ser a maior em etanol e energia renovável do Brasil, perdeu três dos seus principais executivos: o vice-presidente operacional, José Taragano; o diretor de Recursos Humanos, Humberto bortoletto; e o diretor comercial, Walfrido Linhares.Eles deixaram a empresa na semana passada.

Segundo a Brenco, as saídas são parte de um processo de reestruturação para tentar reerguer as finanças da empresa. No início de julho, a Brenco recebeu um aporte de 250 milhões de reais dos sócios para pagar dívidas e continuar os investimentos para a inauguração de sua primeira usina de produção de energia a partir do bagaço da cana, em Goiás, no município de Mineiros. A empresa busca novos sócios para colocar mais 300 milhões de reais na operação, além de tentar atrair parceiros em um alcoolduto de mil quilômetros ligando suas usinas no Centro-Oeste a Paulínia, no interior de São Paulo.

Esse é o momento mais delicado da curta história da Brenco, que tem como acionistas o ex-presidente do Banco Mundial James Wolfensohn, o fundador da Sun Microsystems, Vinod Khosla, e o BNDES. Ela foi formada em 2007, quando o executivo Henri Philippe Reichstul, ex-presidente da Petrobras, começou do zero o projeto de dez usinas na região centro-oeste até 2015. Depois de captar 1,5 bilhão de reais entre os sócios, a empresa viu o planejamento financeiro ser desafiado pela crise financeira internacional e as dificuldades características de desbravar uma região distante dos mercados consumidores e onde nunca se plantou cana-de-açúcar.

A crise fez com que os repasses de recursos previstos pelos acionistas ocorressem num ritmo mais lento e que os fornecedores, também em dificuldades, atrasassem a entrega de equipamentos. As dívidas acumuladas pela companhia chegam a 100 milhões de reais. A execução do plano de reestruturação está sendo acompanhada de perto por dois representantes dos sócios.
 

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