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Crise acirra disputa entre teles para retenção de clientes

Ao contrário da Oi e da TIM, a Claro, dará acesso ilimitado para seus usuários com planos pós-pago às redes sociais WhatsApp, Facebook e Twitter


	Estratégia: ao contrário da Oi e da TIM, a Claro, dará acesso ilimitado para seus usuários com planos pós-pago às redes sociais WhatsApp, Facebook e Twitter
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Estratégia: ao contrário da Oi e da TIM, a Claro, dará acesso ilimitado para seus usuários com planos pós-pago às redes sociais WhatsApp, Facebook e Twitter (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 10h36.

São Paulo - Em meio ao cenário econômico recessivo, as operadoras têm acirrado a briga no mercado para reter seus clientes.

Ao contrário da Oi e da TIM, que nos últimos dias anunciaram redução de preços de ligações para usuários de operadoras concorrentes, a Claro, controlada pela mexicana América Móvil, comunica nesta terça-feira, 10, acesso ilimitado para seus usuários com planos pós-pago às redes sociais WhatsApp, Facebook e Twitter.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Claro no Brasil, Carlos Zenteno, disse que a estratégia de preços da operadora não vai ser focada nos serviços de voz, apenas em conteúdo (internet).

"As pessoas se comunicam muito por meio das redes sociais. Acreditamos que a tendência do nosso consumidor é usar cada vez mais a internet."

Esse pacote vale para os usuários pós-pagos da Claro e para os que têm o plano Controle, que variam de R$ 31,90 a R$ 71,90 mensais. Além de um bônus extra de 300 MB para todos que possuem esse plano e SMS ilimitados para qualquer operadora.

Ligações gratuitas por WhatsApp e outros aplicativos não estão incluídas. O acesso ilimitado vale apenas para as redes sociais.

Nos anúncios feitos pela TIM, controlada pela Telecom Itália, e Oi, os descontos estão concentrados nos serviços de voz feitos para operadoras concorrentes. A TIM, que fez o anúncio no dia 30 de outubro, extinguiu a tarifa diferenciada para outras operadoras nos seus planos pós e pré-pagos. A Oi comunicou na semana passada que as tarifas para operadoras concorrentes custam R$ 0,30 por minuto, até 80% menos que o cobrado até então.

Anatel

A decisão tomada por essas duas operadoras tem como reflexo a redução da tarifa de interconexão (VU-M) promovida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Fontes da Anatel afirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo que há pelo menos seis anos a agência discute essa redução de preço com as operadoras.

A partir de fevereiro de 2016, essa tarifa, hoje em R$ 0,16, passará a R$ 0,10. Em 2017, cairá a R$ 0,05. O valor é cobrado nas ligações entre operadoras diferentes.

A crise econômica acelerou o movimento das empresas, uma vez que os usuários buscam reduzir seus custos. As operadoras também querem inibir a troca de chips, que permite ligações mais baratas.

No caso da Claro, tudo continua igual no serviço de voz. Há o desconto apenas para ligação entre números da própria operadora.

Procurada, a Telefônica Vivo afirmou em nota que "suas ofertas têm como base a qualidade da rede de dados e a melhor experiência de uso do cliente". Nesse sentido, entre os planos da empresa, destaca-se o Vivo Tudo, primeira opção semanal de plano que inclui voz, internet e SMS, lançado há dois anos e que transformou-se em referência para diversas operadoras.

Tendência

De acordo com Eduardo Tude, da consultoria Teleco, esse movimento das operadoras foi acelerado por causa da crise. "As operadoras querem que o cliente pré-pago migre para o pós e reduza os chips."

Com o crescimento do uso de aplicativos de mensagem, em que o gasto com dados é o mesmo, independente da operadora, o segundo chip perdeu atratividade. Nos últimos seis meses a base de celulares do Brasil encolheu em 7 milhões até o terceiro trimestre, segundo a Teleco. Ao todo, há 277 milhões de celulares ativos no País.

"Acreditamos que os serviços de redes sociais são complementares aos de uso de dados oferecidos pelas operadoras", afirmou Zenteno. A receita com dados tem avançado sobre o de voz. O Brasil é o segundo maior mercado, atrás da matriz, e poderá se tornar o primeiro nos próximos meses. 

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