Banco do Brasil: "O BB tem política bastante conservadora na oferta de crédito a clientes. Seguimos trabalhando preventivamente na inadimplência", disse o vice-presidente (Pilar Olivares/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2015 às 11h32.
São Paulo - O crescimento da carteira de crédito do Banco do Brasil está adequado ao momento de desafio atual, de acordo com Raul Moreira, vice-presidente de Negócios de Varejo da instituição.
Segundo ele, o BB vem atendendo a demanda dos seus clientes pessoas físicas sem adotar medidas restritivas na oferta de recursos nem mais frouxas.
"O BB tem política bastante conservadora na oferta de crédito a clientes. Seguimos trabalhando preventivamente na inadimplência e na oferta de produtos em linha com a necessidade dos clientes", disse Moreira, em coletiva de imprensa, nesta manhã, acrescentando que, neste contexto, o banco vai lançar na semana que vem uma campanha de crédito consciente.
Na pessoa jurídica, Walter Malieni Júnior, vice-presidente de controles internos e gestão de risco da instituição, explicou que, em função do cenário "mais complexo" e "mais desafiador", há retração na demanda.
A expectativa do BB é que a carteira de crédito no conceito ampliado, que inclui títulos privados e garantias, cresça no mínimo 7% e no máximo 11% neste ano. Até setembro, cresceu 7,1%.
Despesas administrativas
As despesas administrativas do Banco do Brasil somaram R$ 8,551 bilhões no terceiro trimestre deste ano, incremento de 6,3% na comparação com um ano, de R$ 8,048 bilhões.
Em relação aos três meses anteriores, de R$ 8,439 bilhões, foi identificada elevação de 1,3%.
No acumulado do ano até setembro, as despesas administrativas do BB totalizaram R$ 25,216 bilhões, cifra 6,9% maior que a vista em um ano, de R$ 23,596 bilhões.
O crescimento ficou dentro do guidance de 2015 de alta de 5% a 8%. "A evolução das Despesas Administrativas decorreu, principalmente, das despesas referentes ao acordo trabalhista 2014/2015", explica o BB, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
As despesas de pessoal do banco foram a R$ 5,028 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 8,6% em um ano, porém, queda de 2,0% no comparativo trimestral.
Outros gastos administrativos alcançaram R$ 3,523 bilhões, aumentos de 3,1% e 6,5%, respectivamente.
Provisão
O nível de provisão para devedores duvidosos (PCLD) do Banco do Brasil reflete a dinâmica atual do País, de acordo com José Mauricio Pereira Coelho, vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores da instituição.
"Quando tivermos outro desempenho do ciclo econômico, as provisões podem recuar", afirmou ele, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta.
O saldo de provisão para devedores do BB terminou setembro em R$ 34,026 bilhões, cifra 15,4% maior em relação a junho, de R$ 29,487 bilhões. Em um ano, quando a cifra estava em R$ 25,770 bilhões, cresceu 32,0%.
O banco acredita que o índice de PCLD deve ficar entre 3,1% e 3,5% neste ano contra intervalo inicialmente projetado de 2,7% a 3,1%. No acumulado do ano até setembro, foi de 3,3%.
No terceiro trimestre, o BB informou que constituiu uma provisão para devedores duvidosos adicional no valor de R$ 2,370 bilhões, aproveitando o ganho contábil de R$ 3,405 pela majoração da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) que passou de 15% para 20% assim como os demais grandes bancos.