Credores querem 95% da Oi em troca de dívidas
Credores querem ficar com 95% da Oi em troca das dívidas, deixando os atuais acionistas com apenas 5% de participação
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2016 às 14h14.
A Oi , empresa de telecomunicações mais endividada do Brasil, divulgou nesta sexta-feira uma série de documentos que detalham as negociações com detentores de títulos de dívida emitidos pela empresa em meio ao processo de reestruturação que a impediu de levantar capital e provocou a saída de seu principal executivo.
Os documentos dão uma ideia da complexidade da reestruturação. A Oi, que tem sede no Rio de Janeiro e carrega cerca de R$ 50 bilhões em dívidas (US$ 14,5 bilhões), disse que os credores querem ficar com 95 por cento da empresa após um plano de renegociação, deixando os atuais acionistas com uma participação de 5%.
A Oi não respondeu à proposta feita pelos credores em 11 de junho, um dia após a renúncia do então presidente Bayard Gontijo, segundo documentos relativos às conversas publicados no site da empresa.
A quarta maior operadora de telefonia celular do Brasil vê sua situação se complicar porque uma dívida com valor de 231 milhões de euros em títulos denominados na moeda estrangeira vencerá em cerca de um mês.
A empresa projeta que encerrará o segundo trimestre com uma dívida total de R$ 48 bilhões e com fluxo de caixa negativo, após pagamentos de juros, em R$ 2,5 bilhões.
O fluxo de caixa após pagamentos de juros, antes de amortização, deverá ficar negativo em R$ 7 bilhões entre 2016 e 2018, segundo os documentos.
A Oi opera parte do sistema de telefonia fixa do país, que tem se mostrado oneroso -- e a empresa tem o compromisso legal de expandir e manter a rede obsoleta.
A companhia teve cerca de R$ 5 bilhões em despesas com juros em 2015, muito mais do que os cerca de R$ 2,7 bilhões de lucro operacional que havia disponível para pagar esses custos, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Os credores querem um mínimo de 95 por cento de adesão daqueles que possuem os títulos para participarem da troca e uma postergação dos vencimentos por seis anos após o fechamento do acordo, sem amortizações por sete anos.
Outro ponto da proposta é que a oferta de troca precisa incluir autorização para uma recuperação extrajudicial “sob os mesmos termos econômicos da oferta de troca”.
A empresa está sendo assessorada pela PJT Partners e os detentores de títulos são representados pela Moelis & Co.
A Oi , empresa de telecomunicações mais endividada do Brasil, divulgou nesta sexta-feira uma série de documentos que detalham as negociações com detentores de títulos de dívida emitidos pela empresa em meio ao processo de reestruturação que a impediu de levantar capital e provocou a saída de seu principal executivo.
Os documentos dão uma ideia da complexidade da reestruturação. A Oi, que tem sede no Rio de Janeiro e carrega cerca de R$ 50 bilhões em dívidas (US$ 14,5 bilhões), disse que os credores querem ficar com 95 por cento da empresa após um plano de renegociação, deixando os atuais acionistas com uma participação de 5%.
A Oi não respondeu à proposta feita pelos credores em 11 de junho, um dia após a renúncia do então presidente Bayard Gontijo, segundo documentos relativos às conversas publicados no site da empresa.
A quarta maior operadora de telefonia celular do Brasil vê sua situação se complicar porque uma dívida com valor de 231 milhões de euros em títulos denominados na moeda estrangeira vencerá em cerca de um mês.
A empresa projeta que encerrará o segundo trimestre com uma dívida total de R$ 48 bilhões e com fluxo de caixa negativo, após pagamentos de juros, em R$ 2,5 bilhões.
O fluxo de caixa após pagamentos de juros, antes de amortização, deverá ficar negativo em R$ 7 bilhões entre 2016 e 2018, segundo os documentos.
A Oi opera parte do sistema de telefonia fixa do país, que tem se mostrado oneroso -- e a empresa tem o compromisso legal de expandir e manter a rede obsoleta.
A companhia teve cerca de R$ 5 bilhões em despesas com juros em 2015, muito mais do que os cerca de R$ 2,7 bilhões de lucro operacional que havia disponível para pagar esses custos, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Os credores querem um mínimo de 95 por cento de adesão daqueles que possuem os títulos para participarem da troca e uma postergação dos vencimentos por seis anos após o fechamento do acordo, sem amortizações por sete anos.
Outro ponto da proposta é que a oferta de troca precisa incluir autorização para uma recuperação extrajudicial “sob os mesmos termos econômicos da oferta de troca”.
A empresa está sendo assessorada pela PJT Partners e os detentores de títulos são representados pela Moelis & Co.