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Crédito para agronegócio impulsiona ações da Marfrig e da Friboi

Ativa acredita que medida permitirá aos frigoríficos o financiamento das dívidas de curto prazo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O dia segue volátil para o Ibovespa, principal referência da bolsa brasileira, que amargava queda de 0,06% às 14h37. As ações da Friboi (JBSS3) e da Marfrig (MRFG3), porém, se desprendiam do índice, mostrando uma valorização.

O avanço dos papéis da Friboi, cotados a 6,36 reais, era de 2,58%, enquanto que a alta das ações da Marfrig estava em 5,99%, estabelecendo a cotação de 11,14 reais. A continuidade do bom desempenho dos ativos observado na véspera ainda mostra uma resposta positiva ao anúncio de linha de crédito ao agronegócio.

"O setor de frigoríficos vem sendo abalado pela queda na demanda e nos preços e pela maior exigência por parte dos produtores de pagamento à vista, anteriormente feita a prazo. Com a nova linha de crédito, os frigoríficos terão a possibilidade de financiar suas dívidas de curto prazo e capital de giro", avaliou a corretora Ativa.

Segundo informações da Agência Brasil, Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, informou que as condições de uma linha de crédito no valor de 10 bilhões de reais para apoio a agroindústrias serão definidas nesta sexta-feira (17), juntamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro explicou que as taxas de juros cobradas devem ser menores do que as do BNDES, que é candidato a prover os recursos junto com o Banco do Brasil.

Com o aprofundamento da crise financeira internacional no segundo semestre de 2008, o setor agropecuário vem sentindo a queda das exportações. As empresas atuantes no segmento de frigoríficos, em especial, já fecharam diversas fábricas e se viram obrigadas a demitir milhares de funcionários.

A equipe da Ativa ressaltou que a soma da dívida líquida com vencimento em curto prazo das três empresas de frigorífico com capital aberto é de 3,8 bilhões. Os analistas explicaram que a JBS Friboi e a Minerva possuem elevada posição de caixa, suficientes para cumprir com os vencimentos. A Marfrig, porém, não se encontra em condições tão favoráveis.

Mais dois pontos que pesam positivamente para as companhias foram destacados. O primeiro é que os frigoríficos mais prejudicados foram os de pequeno e médio porte, ligados ao setor de abates bovinos, aves e suínos e produção de laticínios. Além disso, a corretora afirmou que em março uma recuperação foi observada referente aos volumes vendidos, "restando ainda estabelecer a confiança na cadeia produtiva".
 

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