As empresas do grupo EBX, holding controlada pelo bilionário brasileiroEike Batista, tem passado por uma fase mais difícil desde o começo do ano. Tanto que, para aumentar a liquidez dos negócios, o grupo enfrenta uma reestruturação que inclui, além de demissão de pessoas e revisão de projetos, a possível venda de algumas empresas. Reveja algumas das medidas tomadas pelo empresário para colocar as empresas X no prumo novamente.
Em março, Eike Batista fechou uma parceria com o banco BTG, de André Esteves, por meio do qual o BTG fará aconselhamento financeiro, avaliará linhas de crédito e poderá fazer futuros investimentos de capital de longo prazo em projetos do grupo. O acordo não implica exclusividade do BTG Pactual na prestação de serviços financeiros para o EBX e a remuneração do Banco de investimentos será calculada com base no desempenho das companhias do conglomerado.
A OSX, responsável pela construção do estaleiro no Porto do Açu, em São João da Barra, passa por uma reestruturação e já demitiu mais de 300 funcionários diretos e indiretos. Os cortes seriam para reduzir gastos, adequar o quadro às necessidades de operação da companhia e focar em rentabilidade. Os planos da OSX eram baseados na necessidade de 48 plataformas de petróleo até 2020. Mas a companhia decidiu desacelerar a construção de seu estaleiro no porto de Açu e só seguirá adiante com a obra se houver novas encomendas.
O grupo de Eike ainda negocia o Porto Sudeste, que integra a sua mineradora MMX, para a Glencore Xstrata, também segundo informações da coluna Lauro Jardim, de Veja. De acordo com a nota, o empresário teria jantado com Ivan Glasenber, CEO da Glencore, em Nova York no sábado e alguns executivos da compradora interessada estiveram ontem no porto para avaliar o negócio.
Para aumentar a liquidez de suas empresas, Eike também colocou à venda parte do tradicional Hotel Glória, no Rio. Inaugurado em 1922, o hotel foi comprado em 2008 pelo REX, braço do setor imobiliário do grupo e agora estaria à venda por 80 milhões de reais. O hotel estaria com as obras de reforma paralisadas e cerca de 300 pessoas poderiam ser demitidas, segundo informações do Valor Econômico. Inicialmente, a reinauguração do empreendimento estava marcada para o final de 2011.
A MMX, mineradora do grupo do empresário Eike Batista, adiou a operação de seu principal projeto, o da Mina de Serra Azul, de Minas Gerais, do início de 2014 para o de 2017. A empresa de mineração não comenta o assunto e afirma que “em nenhum momento informou prazos bem como novas datas para a implantação do projeto”. Além disso, a MMX informa que, conforme divulgado, “decidiu desacelerar o ritmo do andamento das obras, em virtude de atraso no processo de licenciamento ambiental da barragem de rejeito”. O projeto é formado pelas minas Tico-Tico e Ipê, localizado no Quadrilátero Ferrífero mineiro e possui capacidade de produzir 8,7 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
Em maio, a OGX Petróleo e Gás anunciou a venda de 40% de participação nos blocos BM-C-39 e BM-C-40 , o Campo Tubarão Martelo, na Bacia de Campos para a Petronas por 850 milhões de dólares. A Petronas ainda conseguiu o direito a opção de comprar 5% do capital total da OGX de Eike Batista a um preço de 6,30 reais por ação.
O BTG Pactual estaria propondo a venda do porto do Açu a algumas empresas, segundo informações divulgadas na coluna Radar, de Lauro Jardim. A informação foi negada pela EBX, mas o blog reforçou sua publicação após a divulgação do posicionamento oficial da holding de Eike Batista. Além de refutar a venda, a LLX divulgou cronograma de operação do porto, com início marcado para este ano.
Ainda em maio, o bilionário teria colocado um de seus jatos à venda: o modelo Legacy 600, da Embraer. Encomendado por Eike em 2006, a aeronave foi entregue pela Embraer dois anos depois. O jato tem capacidade para 16 passageiros, autonomia para voar 6.000 quilômetros e estima-se que a aeronave esteja sendo vendida por cerca de 14 milhões de dólares - o site americano Controller, responsável pela divulgação da oferta, não indica o preço do jato usado. A queda do preço das ações das empresas X listadas fizeram com que o patrimônio do empresário estimado pela Bloomberg caísse a ponto do empresário sair da lista dos 200 mais ricos do mundo.
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O empreendedor mineiro Rodrigo Abreu fundou a UP2Tech em 2014, enfrentou crises e cresceu. A empresa projeta faturar R$ 500 milhões em 2024, com destaque em e-commerce, games e tecnologia para pecuária