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Corretora Ativa retira recomendação de compra da BM&FBovespa

Resultados trimestrais foram considerados, porém analistas não veem muito espaço para valorização nos papéis

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Após a divulgação de números trimestrais não tão animadores pela BM&FBovespa, a corretora Ativa retirou sua recomendação de compra aos papéis da empresa, com a justificativa de que o preço-alvo de 10,37 reais por ação para dezembro configura um baixo potencial de alta a eles. A recomendação foi alterada para neutra.

Nesta sessão, as ações da empresa (BVMF3) operavam em alta de 2,49%, negociadas a 10,29 reais às 15h04. Ao mesmo tempo, o Ibovespa, principal índice de referência da bolsa brasileira, subia 0,42%.

Os resultados da companhia vieram em linha com o esperado pela equipe, que previa um impacto negativo trazido pela queda de volume financeiro negociado, tanto no segmento Bovespa quanto no BM&F.

O volume médio diário na Bovespa ficou em 3,9 milhões de reais, refletindo a redução dos preços das ações, enquanto que o volume de contratos na BM&F foi de 1,472 mil – que configura, na verdade um aumento de 20% em relação ao quarto trimestre de 2008.

"Apesar do incremento na comparação trimestral, a queda na comparação anual ainda reflete o processo de desalavancagem financeira dos participantes de mercado, frente ao agravamento da crise mundial, adaptando-se às novas condições econômicas", explicou a Ativa.

Consequência nos números

Como consequência, a receita líquida do primeiro trimestre teve uma queda anual de 20%, totalizando 317 milhões de reais. O resultado financeiro, ainda que positivo em 68 milhões de reais, também foi impactado e caiu 13% frente aos números do mesmo período de 2008.

O lucro líquido, por outro lado, subiu 12% na mesma base de comparação e chegou a 258 milhões de reais, impulsionado, segundo a corretora, pelo benefício fiscal do ágio amortizado no período decorrente da fusão entre as bolsas.

Apesar dos números mais fracos nos três primeiros meses do ano, a Ativa acredita em uma melhora no volume de negócios em ambos os seguimentos da companhia no próximo trimestre. Aliado às sinergias que a empresa vem conseguindo obter, tal recuperação deve contribuir para que a BM&FBovespa apresente melhores resultados no segundo trimestre.
 

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