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Correios podem ter aviões próprios

Brasília - O novo presidente da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), David José de Matos, disse hoje que os Correios estudam, entre outras alternativas, ter aviões próprios para fazer a entrega de encomendas. No início do ano, a empresa teve problema com três rotas aéreas terceirizadas que acabaram atrapalhando a entrega do Sedex 10, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - O novo presidente da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), David José de Matos, disse hoje que os Correios estudam, entre outras alternativas, ter aviões próprios para fazer a entrega de encomendas.

No início do ano, a empresa teve problema com três rotas aéreas terceirizadas que acabaram atrapalhando a entrega do Sedex 10, um dos principais produtos dos Correios. "Quando você faz um estudo econômico, você apresenta todas as alternativas. E esta, da compra de aviões, foi uma alternativa estudada. Ainda não tenho o resultado, mas essa é uma opção possível. Assim como a criação de uma outra empresa", disse, referindo-se à possibilidade de os Correios criarem uma subsidiária de logística para dar conta das entregas de encomendas.

A criação da subsidiária, bem como a transformação dos Correios em sociedade anônima de capital fechado, constaria de uma medida provisória (MP) a ser editada pelo governo. No entanto, como disse hoje o ministro das Comunicações, José Artur Filardi, a edição dessa MP será uma decisão a ser tomada pelo próximo governo.

Filardi também descartou ter havido motivação política para a nomeação de Matos para os Correios. "O fato de ele conhecer o deputado Tadeu Filippelli não significa que tenha sido indicado", disse o ministro, referindo-se ao deputado peemedebista que concorre ao cargo de vice-governador do Distrito Federal na chapa encabeçada pelo petista Agnelo Queiroz. Filippelli estava na posse de David Matos, realizada hoje, e teve seu nome citado pelo ministro Filardi logo no início de seu discurso.

David Matos disse que assume o cargo com quatro recomendações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. A primeira é realizar até o fim do ano concurso público para contratação de pessoal. A segunda é resolver os impasses e questionamentos jurídicos que atrapalham o processo de licitação das franquias dos Correios. O presidente também pediu a resolução da questão do transporte aéreo das encomendas e o resgate da "autoestima dos funcionários dos Correios, já que, segundo ele, nos últimos anos houve uma campanha não justificada contra a honestidade da instituição", disse Matos, fazendo uma provável referência à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, que investigou irregularidades na estatal.

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