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Coronavírus: Vale diz que pode suspender operações no mundo

De acordo com a empresa, parte significativa da sua receita vem de clientes da Ásia e da Europa, onde a epidemia é mais forte

Vale: desde janeiro, passou a adotar medidas de prevenção ao COVID-19 (Adriano Machado/Reuters)

Vale: desde janeiro, passou a adotar medidas de prevenção ao COVID-19 (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de março de 2020 às 06h44.

São Paulo — Em comunicado divulgado na noite desta quinta-feira, 12, a Vale informa que pode enfrentar dificuldades operacionais relacionadas à força de trabalho por conta da pandemia do coronavírus.

"Podemos ter que vir a adotar medidas de contingência ou eventualmente suspender operações", diz a companhia, ressaltando que, até o momento, não sofreu qualquer impacto material ou teve qualquer funcionário infectado por conta do avanço da doença no mundo.

De acordo com a empresa, parte significativa da sua receita vem de clientes da Ásia e da Europa (63,3% e 13,8% da receita em 2019, respectivamente). A Vale lembra que depende "de uma extensiva cadeia de logística e de fornecedores, incluindo diversos portos, centros de distribuição e fornecedores que tem operações nas regiões afetadas".

A multinacional informa que, desde janeiro, passou a adotar medidas de prevenção ao COVID-19. Foram criados um comitê técnico de crise e um comitê executivo para gerir as ações resultantes da pandemia.

Todas as viagens de negócios e eventos não-essenciais foram cancelados ou postergados. Os empregados que retornam de viagens internacionais são instruídos a entrar em contato com o departamento de saúde da companhia por telefone antes de retornar às atividades, mesmo que não apresentem sintomas. "Em escritórios em países onde o COVID-19 tem apresentado um impacto mais severo, a Vale implementou a rotina de trabalho remoto (home office)", diz a companhia.

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