Maquete virtual do novo estádio do Corinthians, divulgada recentemente pelos conselheiros do clube paulista
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2011 às 13h16.
São Paulo - O Corinthians já tem uma proposta que será colocada na mesa no início de agosto, na reunião do seu Conselho Deliberativo: um estádio em Itaquera, para 50 mil pessoas, orçado em R$ 400 milhões e dentro dos padrões Fifa. Quem está terminando de finalizar o projeto é o arquiteto Eduardo Castro Mello, que também cuidou do novo Mané Garrincha, estádio de Brasília para a Copa do Mundo de 2014.
Por trás da obra está a Tessler Engenharia e quem cuidou de toda a captação do investimento foi o empresário Juan Quirós, do grupo Advento, que fatura mais de R$ 1 bilhão por ano com quatro companhias na área de construção. Marcelo Tessler, diretor da empresa de engenharia, revela que o conceito do estádio vai surpreender. "Estamos revendo o projeto, que será apresentado oficialmente ao Conselho do Corinthians", afirmou.
Com uma experiência de 35 anos no ramo, Tessler conta que já fez 14 estudos de estádios e acredita que agora o campo em Itaquera tem tudo para sair do papel. "A arquitetura externa está sendo refeita e ele terá 17 mil cativas e 400 camarotes. Conversei recentemente com pessoas do clube e continuamos nos falando", disse.
Ele também explica que é possível ampliar o estádio para a abertura da Copa do Mundo em São Paulo, mas que isso elevaria o preço da obra. "Aumenta de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões, mas aí teria de ver de onde sairia esse dinheiro".
Pelo projeto, o Grupo Advento teria o direito de explorar os camarotes do estádio, as cadeiras cativas e direitos de nome da arena por 10 anos, mas dando uma participação ao clube durante esse período. Após esse prazo, tudo ficaria com o Corinthians, que poderia comercializar novamente esses espaços. "E a renda das partidas, sempre, seria do clube", lembrou.
Na disputa com o projeto da Tessler está um outro estádio em Itaquera, encabeçado por Luís Paulo Rosenberg, vice-presidente de marketing do Corinthians. Mas o projeto do dirigente ainda é uma incógnita. Esperava-se que ele seria apresentado na última reunião do Conselho Deliberativo, na quinta-feira passada, mas isso acabou não ocorrendo.
Outro projeto que entrou na pauta foi a arena multiuso em Guarulhos, com capacidade para 56.200 pessoas e que tem por trás grandes grupos: os bancos Banif e Bradesco e a construtora alemã Hochtief. Mas o presidente Andrés Sanchez pediu um tempo para avaliar o projeto, apesar de os investidores avisarem que o prazo da resposta é o dia 10 de agosto.
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