Negócios

Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás fazem proposta de R$3,7 bi pela Liquigás

Essa é a segunda vez que a Petrobras tenta vender a subsidiária, após um acordo fechado com a Ultrapar no fim de 2016 ter sido bloqueado

Liquigás: companhia acrescentou que prevê assinatura do contrato de venda ainda neste ano (Liquigás/Divulgação)

Liquigás: companhia acrescentou que prevê assinatura do contrato de venda ainda neste ano (Liquigás/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 10h43.

Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 10h46.

São Paulo — Um consórcio formado por Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás Butano apresentou a melhor oferta final em processo competitivo da Petrobras para venda de sua unidade Liquigás, com lance de 3,7 bilhões de reais, afirmou a petrolífera estatal em comunicado nesta quinta-feira.

"A transação ainda será submetida à aprovação pelos órgãos competentes da Petrobras e as etapas subsequentes do projeto serão divulgadas ao mercado tempestivamente", acrescentou a companhia, sem mencionar prazos.

A negociação da unidade de gás em botijões acontece em meio a um amplo programa de desinvestimentos da Petrobras, que pretende se desfazer de diversos ativos para focar atenções e recursos na exploração de petróleo em águas profundas.

O processo de venda da Liquigás foi iniciado ainda em abril, e no final de agosto a Petrobras já havia informado que Itaúsa, Copagaz e Nacional Gás Butano tinham feito a melhor oferta, mas sem detalhar.

A Itaúsa, holding de investimentos que controla o Itaú Unibanco e outras empresas, disse que sua participação na operação se dará por meio de investimento acionário na Copagaz, na qual passará a ter aproximadamente 49% do capital social.

"A Itaúsa, atenta a oportunidades de alocação eficiente de capital, tem intensificado o processo de avaliação de alternativas de investimento e desinvestimento nos últimos anos", destacou a empresa em fato relevante, acrescentando que o negócio pela Liquigás se encaixa em sua estratégia que busca ampliar a rentabilidade, reduzir de riscos e criar valor de longo prazo.

A companhia acrescentou que prevê assinatura do contrato de venda ainda neste ano, mas ressaltou que a aquisição não produzirá efeitos em seu balanço no atual exercício social.

Essa é a segunda vez que a Petrobras tenta vender a subsidiária, após um acordo fechado com a Ultrapar no fim de 2016 ter sido bloqueado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em fevereiro do ano passado.

Na ocasião, o órgão de defesa da concorrência defendeu que a operação "traria muitos riscos concorrenciais", uma vez que a Ultragaz, da Ultrapar, e a Liquigás concentrariam uma grande fatia do mercado total de gás em botijões (GLP).

A Liquigás, que possui 20 milhões de clientes e cinco mil pontos de venda, teve receita de 5,6 bilhões de reais e lucro líquido de 147,5 milhões de reais em 2018.

Acompanhe tudo sobre:GásItaúsaLiquigás

Mais de Negócios

PilotIn: nova fintech de Ingrid Barth usa dados para ampliar acesso a crédito

Após sobreviver à pandemia, academia de Fortaleza cresce quatro vezes desde 2020

Hotel, parque e outlet: conheça a rede que vai investir R$ 500 mi em megacomplexo na Paraíba

Eles transformaram uma moto financiada num negócio milionário de logística