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Cooxupé usará estoques de café para atingir recorde de vendas

A estratégia de vender mais café em um ano de baixa do ciclo bianual do arábica demonstra a força da cooperativa, maior exportadora do produto país

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Cooxupé: "Em 2017, prevemos vender 6,2 milhões e receber 5,8 milhões. Vamos usar estoques para cobrir a diferença" (Dado Galdieri/Bloomberg)

Cooxupé: "Em 2017, prevemos vender 6,2 milhões e receber 5,8 milhões. Vamos usar estoques para cobrir a diferença" (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às, 17h11.

Guaxupé, Minas Gerais - A Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do Brasil, prevê elevar em 400 mil sacas de café as vendas em 2017 na comparação com 2016, utilizando estoques para atingir sua meta de um recorde de comercialização de 6,2 milhões de sacas, em meio a uma queda no recebimento de grãos devido a uma safra menor.

"Vai ser o inverso do ano passado, quando o recebimento somou um recorde de 6,2 milhões de sacas e as vendas 5,8 milhões. Em 2017, prevemos vender 6,2 milhões e receber 5,8 milhões. Vamos usar estoques para cobrir a diferença", afirmou à Reuters o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino da Costa, nesta quarta-feira.

A estratégia de vender mais café em um ano de baixa do ciclo bianual do arábica, variedade que alterna altas e baixas na produtividade, demonstra a força da cooperativa, maior exportadora do produto país.

Ao mesmo tempo, a Cooxupé pode elevar sua fatia de mercado diante da menor oferta total esperada para o país.

Segundo ele, a Cooxupé não faz projeções de vendas descoladas das expectativas de recebimento. Mas, se o volume a receber não atingir o projetado, a cooperativa pode adquirir café de terceiros para honrar seus compromissos com o mercado.

"Se precisar, vamos ao mercado para completar o que faltou", disse Costa durante a Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas (Femagri), promovida pela cooperativa em Guaxupé, coração do cinturão produtor de grãos arábica do Brasil.

No ano passado, a Cooxupé elevou as vendas para o mercado interno em quase 30 por cento, com a demanda de indústrias após a quebra de safra do Espírito Santo, principal produtor brasileiro da variedade robusta, e ainda assim seguiu líder do ranking de exportadores, informou a cooperativa.

Neste ano, a expectativa é de que a cooperativa continue com esta estratégia de fortes vendas no mercado interno, uma vez que a safra de robusta seguirá fraca --muitas indústrias têm utilizado arábica de qualidade inferior para substituir o também chamado conilon.

O presidente da cooperativa não prevê grandes mudanças no volume ofertado ao mercado interno, que atingiu 1,8 milhão de sacas no ano passado, mas espera um ligeiro crescimento em 2017 no total exportado pela Cooxupé, que atingiu quase 4 milhões de sacas em 2016.

Com os números de algumas poucas exportadoras que já divulgaram previsão de safra 2017 em mãos, Costa arriscou dizer que a colheita de café do Brasil poderia atingir cerca de 48 milhões de sacas, o que seria uma queda na comparação com os 51,37 milhões de sacas estimados pelo Ministério da Agricultura para a temporada passada.

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