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Contra coronavírus, Azul irá verificar temperatura de tripulantes

Medida se soma a outras iniciativas da empresa, como o uso obrigatório de máscaras e limpeza das aeronaves

 (Rahel Patrasso/Reuters)

(Rahel Patrasso/Reuters)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 6 de maio de 2020 às 17h40.

Última atualização em 6 de maio de 2020 às 18h32.

A companhia aérea Azul passará a medir a temperatura dos tripulantes que trabalham tanto em solo quanto dentro das aeronaves. A medição da temperatura será realizada antes do início de cada turno de trabalho, sem que haja qualquer tipo de contato físico entre quem o realiza e quem terá a temperatura aferida.

Os termômetros que serão utilizados nas bases começaram a ser distribuídos nesta semana, informou a empresa. A expectativa da companhia é que o novo procedimento seja iniciado tão logo os aeroportos que contam com voos durante este período recebam o equipamento.

A empresa já havia adotado outras medidas, como a limpeza reforçada dos aviões, a disponibilização de kits de equipamentos de proteção individual (EPIs) quando necessário o uso de máscaras por tripulantes e clientes. 

Os jatos da empresa vêm equipados com filtro de ar HEPA, capaz de extrair 99,99% dos vírus existentes dentro do avião, diz a companhia.

Ao término de cada trecho, a equipe de limpeza desinfeta todos os locais em que os clientes possam ter contato, como cintos de segurança, bandejas das poltronas, apoios de braços, persianas e bagageiros da cabine. 

Já durante a limpeza profunda e completa das aeronaves, que ocorre durante a noite, os tapetes, os locais de trabalho da tripulação, como cabine de comando e galley, e os lavatórios recebem uma desinfecção mais completa.

“Com tudo isso, vamos ser mais eficazes no combate ao vírus, aumentando a confiança em solo e a bordo e preservando a vida e a segurança de todos”, destaca Jason Ward, vice-presidente de pessoas e clientes, em comunicado.

Hoje, as empresas aéreas brasileiras estão operando com menos de 10% de sua capacidade, neste momento, para voos domésticos. Os internacionais estão totalmente suspensos.

Medidas de socorro

Em meados de abril, a Azul estava se preparando para "hibernar" no meio da pandemia do novo coronavírus, com medidas como colocar boa parte dos funcionários em licença não remunerada e, assim como outras empresas do setor, suspender o pagamento dos contratos de arrendamento de aeronaves. 

A companhia aérea contratou especialistas e uma consultoria para ajudar a minimizar o impacto da crise e se preparar para o novo ambiente econômico após o fim da pandemia, além de três escritórios de advocacia.

O objetivo é, assim que houver alguma clareza de cenário, desenvolver um plano para ser levado aos credores, com um cronograma “realista” de pagamentos das dívidas, explicou o executivo em entrevista à EXAME em abril.

Já no dia 23 de abril, a companhia retomou gradualmente voos para os Estados Unidos e Europa. Com as novas medidas de segurança, a empresa busca estar pronta para voar, de forma segura.

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