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Contra a crise, Telefonica corta salários de executivos

Empresa anunciou em Madri que reduzirá rendimentos de conselheiros e eliminará os dividendos de acionistas correspondentes ao ano de 2012

A empresa não informou mudanças na remuneração dos executivos de suas subsidiárias, como a Telefonica Brasil (Vivo) (jseguir/Flickr)

A empresa não informou mudanças na remuneração dos executivos de suas subsidiárias, como a Telefonica Brasil (Vivo) (jseguir/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 15h08.

A companhia espanhola Telefonica anunciou na tarde desta quarta-feira, em Madri, que cortará 30% dos salários de seus executivos, 20% da remuneração dos membros do conselho de administração e, além disso, suspenderá o pagamento de dividendos aos acionistas em 2012. Trata-se da primeira vez em que os ganhos dos acionistas são suspensos desde o estouro da bolha das empresas "pontocom", em 2003.

Tais medidas foram divulgadas logo após os resultados da empresa, que teve queda de 34,4% em seu lucro semestral, fechado em 2,1 bilhões de euros. No Brasil, os ganhos da telecom tiveram queda de 5,6% no semestre. O argumento da empresa é a piora da crise afetou o mercado espanhol de maneira importante. "O contexto econômico e financeiro tão difícil que a Espanha atravessa ameaça agravar possíveis riscos financeiros no grupo", informa o comunicado. Desta forma, a empresa decidiu tomar medidas preventivas para mitigar tais riscos, diz o documento.

Sobre a redução dos salários dos executivos, a Telefonica afirmou que a medida afetará não apenas seu presidente, César Alierta, como também todos os membros da diretoria estatutária e conselho de administração. O empresário e ex-ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, é membro do conselho da Telefonica desde 2008.

A empresa não informou mudanças na remuneração dos executivos de suas subsidiárias, como a Telefonica Brasil, ou Vivo, cujo presidente é Antonio Carlos Valente.

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