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Consórcio que administra Galeão poderá buscar novos sócios

Após reunião com o ministro da Fazenda, presidente da sociedade admitiu a possibilidade de que um novo investidor substitua a Odebrecht


	Aeroporto do Galeão: “existe sempre a possibilidade de buscar novos sócios", diz o presidente da sociedade
 (Arquivo/Agência Brasil)

Aeroporto do Galeão: “existe sempre a possibilidade de buscar novos sócios", diz o presidente da sociedade (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2016 às 20h23.

O consórcio Rio-Galeão, que administra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, poderá buscar novos sócios, disse hoje (17) o presidente da sociedade, Luiz Rocha.

Após reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ele admitiu a possibilidade de que um novo investidor substitua a Odebrecht, caso ela decida vender sua participação no consórcio.

“Existe sempre a possibilidade de buscar novos sócios. Estamos sempre em conversa com alguns. A Changi tem participação acionária em outros aeroportos fora de Cingapura e tem relacionamento com investidores de primeira linha. E a ideia é trazer alguns deles para o Galeão”, declarou Rocha ao sair do encontro.

Em relação a uma eventual substituição da Odebrecht, o presidente do consórcio disse que a Changi, que administra o aeroporto de Cingapura e é sócia do Galeão, está conversando com potenciais investidores.

Segundo Rocha, o ambiente para investimentos estrangeiros no Brasil está mais tranquilo que há alguns meses, mas ele não entrou em detalhes.

Na reunião de hoje, representantes da Changi, asseguraram ao ministro da Fazenda o compromisso de investir no Brasil no longo prazo e ajudar a pagar a outorga de R$ 19 bilhões em 25 anos.

Com a concessão para a iniciativa privada, o consórcio Rio-Galeão ficou com 51% do Aeroporto Internacional Tom Jobim. Os 49% restantes continuaram com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Da fatia de 51% da iniciativa privada, 60% (30,6 pontos percentuais) são da Odebrecht e 40% (20,4 pontos percentuais) pertencem à Changi.

Cada parcela da concessão, a ser paga em 25 anos, equivale a R$ 930 milhões. A primeira prestação foi paga no ano passado, mas a segunda, que venceria em abril, teve o pagamento adiado para dezembro por problemas no empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Por causa da decisão do banco de suspender empréstimos para empresas acusadas pela Operação Lava Jato, o BNDES não aprovou o empréstimo de R$ 1,5 bilhão e mais R$ 400 milhões em debêntures (tipo de título privado) para o consórcio Rio-Galeão.

Segundo Rocha, os sócios do Aeroporto Internacional Tom Jobim estão trabalhando para quitar a parcela até o fim do ano. “Estamos em tratativas com o BNDES e conversando com o governo. Acreditamos que deveremos chegar a uma solução a contento para todos”, disse.

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