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Conselho do Itaú Unibanco aprova cisão de participação na XP

As ações remanescentes de emissão da XP detidas pelo Itaú, correspondentes a 5% do capital social da XP, poderão ser vendidas

XP: cisão ainda precisa ser aprovada em assembleia geral dos acionistas (Amanda Perobelli/Reuters)

XP: cisão ainda precisa ser aprovada em assembleia geral dos acionistas (Amanda Perobelli/Reuters)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 26 de novembro de 2020 às 19h17.

Última atualização em 26 de novembro de 2020 às 21h15.

O conselho de administração do Itaú Unibanco aprovou nesta quinta-feira a segregação da participação do conglomerado na XP Inc. em uma nova sociedade, de acordo com fato relevante do maior banco privado do país.

A segregação "ocorrerá mediante cisão de empresas do conglomerado Itaú Unibanco com a versão da parcela cindida representativa de 41,05% do capital da XP" para a nova companhia, a Newco, disse a instituição financeira.

Ainda de acordo com o fato relevante, as ações remanescentes de emissão da XP detidas pelo Itaú Unibanco, correspondentes a 5% do capital social da XP, poderão ser vendidas, a depender das condições de mercado.

Dessa forma, os acionistas do Itaú Unibanco passarão a deter, também, participação acionária na nova empresa, cujo único ativo será o investimento na XP. E por que isso faz sentido para a Itaúsa? Com o movimento, a companhia deve se tornar uma acionista relevante da nova empresa NewCo, com cerca de 37% de sua participação, considerando os investimentos diretos e indiretos.

Pelos cálculos da equipe de análise do UBS, que inclui Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Philip Finch, considerando o valor de mercado atual da XP Inc, essa participação deve valer cerca de 19 bilhões de reais, o que representaria aproximadamente 19% do valor de mercado de todos os ativos da Itaúsa —  isso não significa abandonar o Itaú, que continua sendo a participação acionária mais relevante da companhia, com cerca de 69% dos ativos totais da holding. Os analistas avaliam a transação de forma positiva.

JCP

O conselho do Itaú aprovou também o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor bruto de 0,0639 real por ação. Os valores serão pagos com base na posição acionária do dia 10 de dezembro, e a partir do dia 11 as ações passam a ser negociadas ex-juros. O crédito aos acionistas será realizado até 30 de abril de 2021.

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