Conselho da JBS apoia permanência de Batista na presidência
Grupo rejeitou os pedidos do BNDES para a retirada do presidente-executivo da companhia após os escândalos envolvendo delações premiadas
Reuters
Publicado em 28 de agosto de 2017 às 12h30.
Última atualização em 28 de agosto de 2017 às 12h41.
São Paulo - O conselho de administração da JBS afirmou nesta segunda-feira que os pedidos do BNDES para a retirada do presidente-executivo da companhia, Wesley Batista , e contratação de auditoria externa para apuração dos fatos narrados nas delações premiadas dos irmãos Batista seriam prejudiciais para a empresa.
O BNDES afirmou em meados deste mês que vai defender em assembleia de acionistas da processadora de carne marcada para sexta-feira a abertura de processo de responsabilidade contra os irmãos Wesley e Joesley Batista e outros ex-executivos da empresa por prejuízos causados à companhia.
O processo defendido pelo BNDES é decorrente das delações premiadas dos Batista e de ex-executivos da JBS e da holding J&F acertadas em maio e que forçaram a gigante do processamento de carne a iniciar um programa de venda de ativos para levantar 6 bilhões de reais.
Segundo comunicado da JBS publicado nesta segunda-feira, "há razões concretas que permitem crer que o impedimento do senhor (Wesley) Batista, consequência da ação de responsabilidade contra ele, seria neste momento prematuro e, portanto, prejudicial à companhia". A empresa afirmou ainda que não existem "elementos objetivos fundados em estudos e avaliações profissionais capazes de imputar ao senhor Wesley Batista a autoria de dano à companhia".
As ações da JBS exibiam alta de 4,2 por cento às 10:39, enquanto o Ibovespa mostrava variação positiva de 0,12 por cento.