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Nova metodologia da Petrobras não prevê conta petróleo

Conselheiro da companhia buscou diferênciar nova metodologia com a conta que funcionava como espécie de colchão para diminuir impacto das oscilações

Posto da Petrobras: companhia anunciou na sexta-feira a proposta de uma nova metodologia, mas não divulgou detalhes (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 15h33.

Rio de Janeiro - A nova metodologia de preços da Petrobras , que aguarda a aprovação do Conselho de Administração da estatal, não prevê a reintrodução da "conta petróleo", disse nesta terça-feira o conselheiro da estatal, Sérgio Quintela.

Tal conta funcionava no passado como espécie de colchão para diminuir o impacto das oscilações dos preços do petróleo e do câmbio para a estatal.

"Não, não, não, conta petróleo, não se prevê", disse Quintela durante evento no Rio de Janeiro, após ser questionado por jornalistas sobre o assunto.

A Petrobras anunciou na sexta-feira a proposta de uma nova metodologia, mas não divulgou detalhes.

"O que se pretende é um mecanismo que se evite oscilações para baixo e para cima, se você altera o câmbio, se ele subir ou cair, ele tem um efeito, a fórmula visará amortecer as flutuações." O conselheiro afirmou ainda que a nova metodologia inclui diversas variáveis que visam proteger a estatal de futuros impactos, mas ele não entrou em detalhes.

"Será uma jabuticaba brasileira", afirmou.

Segundo Quintela, o que se discute são quais e como as variáveis da metodologia serão usadas.

"A metodologia prevê fases de reajuste, mas a época que vai acontecer, isso não está definida... queremos mostrar aos investidores que temos uma política de preços definida", acrescentou.

A metodologia está sob análise do ministro da Fazenda, Guido Mantega (presidente do Conselho da Petrobras), e demais membros do conselho da estatal, e deverá ser aprovada ou rejeitada até o dia 22 de novembro, quando está prevista a próxima reunião dos conselheiros.


Até a data da reunião, o Conselho determinou a elaboração de simulações sobre a nova metodologia.

O governo, controlador da Petrobras, adota cautela para autorizar a estatal a reajustar seus preços, por conta da preocupação com os impactos dos valores dos combustíveis na inflação do país.

"O conselho já deu o seu aval à existência do modelo; o que falta é como será o modelo", disse Quintela.

As ações da companhia operavam em baixa de 2,36 por cento às 15h21 depois de dispararem na véspera, enquanto a Ibovespa perdia 1,19 por cento.

Presidente não Fala

No mesmo evento, em apresentação, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que a convergência dos preços internos com externos é fundamental para empresa ter uma alavancagem menor que 35 por cento e um fluxo de caixa positivo já em 2015.

A Petrobras informou, ao divulgar os resultados do terceiro trimestre na última sexta-feira, que a relação dívida/patrimônio líquido (alavancagem) subiu de 31 por cento, em 31 de dezembro de 2012, para 36 por cento em 30 de setembro.

Esse índice é acima dos 35 por cento considerados como "teto desejável" pela empresa, segundo o diretor financeiro, Almir Barbassa.

No terceiro trimestre, os resultados da companhia foram afetados pelo aumento da importação de combustíveis num momento de defasagem elevada entre os preços de venda no mercado interno na comparação com os internacionais. Um dólar mais forte frente ao real também afetou os ganhos da estatal.

A presidente da Petrobras, após o evento, evitou falar com jornalistas sobre a nova metodologia de preços em discussão com o governo.

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Rio de Janeiro - A nova metodologia de preços da Petrobras , que aguarda a aprovação do Conselho de Administração da estatal, não prevê a reintrodução da "conta petróleo", disse nesta terça-feira o conselheiro da estatal, Sérgio Quintela.

Tal conta funcionava no passado como espécie de colchão para diminuir o impacto das oscilações dos preços do petróleo e do câmbio para a estatal.

"Não, não, não, conta petróleo, não se prevê", disse Quintela durante evento no Rio de Janeiro, após ser questionado por jornalistas sobre o assunto.

A Petrobras anunciou na sexta-feira a proposta de uma nova metodologia, mas não divulgou detalhes.

"O que se pretende é um mecanismo que se evite oscilações para baixo e para cima, se você altera o câmbio, se ele subir ou cair, ele tem um efeito, a fórmula visará amortecer as flutuações." O conselheiro afirmou ainda que a nova metodologia inclui diversas variáveis que visam proteger a estatal de futuros impactos, mas ele não entrou em detalhes.

"Será uma jabuticaba brasileira", afirmou.

Segundo Quintela, o que se discute são quais e como as variáveis da metodologia serão usadas.

"A metodologia prevê fases de reajuste, mas a época que vai acontecer, isso não está definida... queremos mostrar aos investidores que temos uma política de preços definida", acrescentou.

A metodologia está sob análise do ministro da Fazenda, Guido Mantega (presidente do Conselho da Petrobras), e demais membros do conselho da estatal, e deverá ser aprovada ou rejeitada até o dia 22 de novembro, quando está prevista a próxima reunião dos conselheiros.


Até a data da reunião, o Conselho determinou a elaboração de simulações sobre a nova metodologia.

O governo, controlador da Petrobras, adota cautela para autorizar a estatal a reajustar seus preços, por conta da preocupação com os impactos dos valores dos combustíveis na inflação do país.

"O conselho já deu o seu aval à existência do modelo; o que falta é como será o modelo", disse Quintela.

As ações da companhia operavam em baixa de 2,36 por cento às 15h21 depois de dispararem na véspera, enquanto a Ibovespa perdia 1,19 por cento.

Presidente não Fala

No mesmo evento, em apresentação, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que a convergência dos preços internos com externos é fundamental para empresa ter uma alavancagem menor que 35 por cento e um fluxo de caixa positivo já em 2015.

A Petrobras informou, ao divulgar os resultados do terceiro trimestre na última sexta-feira, que a relação dívida/patrimônio líquido (alavancagem) subiu de 31 por cento, em 31 de dezembro de 2012, para 36 por cento em 30 de setembro.

Esse índice é acima dos 35 por cento considerados como "teto desejável" pela empresa, segundo o diretor financeiro, Almir Barbassa.

No terceiro trimestre, os resultados da companhia foram afetados pelo aumento da importação de combustíveis num momento de defasagem elevada entre os preços de venda no mercado interno na comparação com os internacionais. Um dólar mais forte frente ao real também afetou os ganhos da estatal.

A presidente da Petrobras, após o evento, evitou falar com jornalistas sobre a nova metodologia de preços em discussão com o governo.

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