Conheça William Ury, o homem que reconciliou Abilio e Naouri
Para especialista em conflitos, briga de executivos foi custosa para famílias, Grupo Pão de Açúcar e até relações comerciais do Brasil
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 18h18.
São Paulo - Por trás da negociação que resultou na saída de Abilio Diniz do Grupo Pão de Açúcar , está William Ury. Em palestra realizada hoje, o especialista em conflitos contou os bastidores da decisão - que serviu de desfecho para as brigas entre o empresário brasileiro e Jean-Charles Naouri , executivo do grupo francês Casino.
"A briga foi custosa para as famílias, a empresa e, em certa medida, até para as relações comerciais do Brasil", afirmou o professor da Universidade de Harvard no evento em São Paulo. Segundo ele, a falta de confiança entre os lados era um dos principais complicadores da disputa - que já havia se tornado pública.
Ury conta que, desde o começo, tinha canal aberto para falar com Abilio, embora não tivesse contato direto com Naouri. Para resolver o problema, o negociador procurou o banqueiro David René de Rothschild - mentor do executivo francês. Foi a partir dele que o Ury conseguiu começar a dar fim à briga.
"Ele tinha a confiança de um lado e eu tinha a confiança de outro e então nós poderíamos chegar a um acordo", explica Ury. Segundo o especialista, liberdade e respeito foram os princípios usados na reconciliação entre as partes.
O acordo
Ury relata que a visita a Rotschild em Paris aconteceu no dia 1º de setembro, um domingo. Na terça, o negociador foi informado que as partes tinham entrado em acordo. Na sexta, dia 6, a notícia veio a público por meio do blog Primeiro Lugar, de EXAME.com.
"A verdade é que os dois estão muito satisfeitos com o acordo", afirma Ury. Graças à sua mediação, uma briga de dois anos e meio foi encerrada sem que nenhuma das partes se sentisse lesada.
Pelo acordo fechado com o Casino, Abilio Diniz deixou a presidência do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar. Em troca, o filho do fundador da companhia ganhou ações ordinárias da empresa. Desde 2011, o brasileiro brigava com os franceses que haviam comprado o controle da empresa.
São Paulo - Por trás da negociação que resultou na saída de Abilio Diniz do Grupo Pão de Açúcar , está William Ury. Em palestra realizada hoje, o especialista em conflitos contou os bastidores da decisão - que serviu de desfecho para as brigas entre o empresário brasileiro e Jean-Charles Naouri , executivo do grupo francês Casino.
"A briga foi custosa para as famílias, a empresa e, em certa medida, até para as relações comerciais do Brasil", afirmou o professor da Universidade de Harvard no evento em São Paulo. Segundo ele, a falta de confiança entre os lados era um dos principais complicadores da disputa - que já havia se tornado pública.
Ury conta que, desde o começo, tinha canal aberto para falar com Abilio, embora não tivesse contato direto com Naouri. Para resolver o problema, o negociador procurou o banqueiro David René de Rothschild - mentor do executivo francês. Foi a partir dele que o Ury conseguiu começar a dar fim à briga.
"Ele tinha a confiança de um lado e eu tinha a confiança de outro e então nós poderíamos chegar a um acordo", explica Ury. Segundo o especialista, liberdade e respeito foram os princípios usados na reconciliação entre as partes.
O acordo
Ury relata que a visita a Rotschild em Paris aconteceu no dia 1º de setembro, um domingo. Na terça, o negociador foi informado que as partes tinham entrado em acordo. Na sexta, dia 6, a notícia veio a público por meio do blog Primeiro Lugar, de EXAME.com.
"A verdade é que os dois estão muito satisfeitos com o acordo", afirma Ury. Graças à sua mediação, uma briga de dois anos e meio foi encerrada sem que nenhuma das partes se sentisse lesada.
Pelo acordo fechado com o Casino, Abilio Diniz deixou a presidência do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar. Em troca, o filho do fundador da companhia ganhou ações ordinárias da empresa. Desde 2011, o brasileiro brigava com os franceses que haviam comprado o controle da empresa.