Conheça as principais empresas do Grupo Silvio Santos
O empresário e apresentador perdeu o banco PanAmericano, seu maior negócio, mas ainda mantém operações em diversas áreas
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 16h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h36.
São Paulo - A empresa foi criada em 1990, para administrar os imóveis de Silvio Santos e seu grupo. Dez anos depois, ganhou uma nova tarefa: operar como uma incorporadora. Em 2002, lançou seu primeiro empreendimento, o Residencial Vida & Alegria, na capital paulista. Em 2009 (últimos dados disponíveis), a Sisan encerrou com um prejuízo líquido de 23,7 milhões de reais. A maior parte das perdas é atribuída às despesas financeiras para bancar os empreendimentos previstos, como a construção do hotel Sofitel Jequitimar, no Guarujá. A empresa esperava gerar resultados positivos a partir de 2010.
Com 302 quartos, o resort está instalado no Guarujá, litoral de São Paulo. O empreendimento foi inaugurado em 2007 e, pelo plano de negócios, deve atingir a taxa de ocupação esperada pelos seus idealizadores neste ano. O relatório de resultados do Grupo Silvio Santos de 2009 não traz informações detalhadas sobre o resort. As últimas informações são do demonstrativo de 2008. Naquele ano, o Jequitimar havia registrado prejuízo líquido de 2,1 milhões de reais, com geração de caixa de 6,6 milhões.
Após vender o banco PanAmericano para o BTG Pactual por 450 milhões de reais, os analistas apostam que a Jequiti Cosméticos será o novo carro-chefe do Grupo Silvio Santos. Lançada em 2006, a empresa encerrou 2009 (últimos dados disponíveis) com um prejuízo líquido de 9,9 milhões de reais, contra perdas de 28 milhões no anterior. Parte dessa redução dos prejuízos vem da própria expansão do negócio. Em 2009, o faturamento bruto da Jequiti saltou 191%, para 218,4 milhões de reais. Com a estratégia de vendas porta-a-porta, a empresa conta com mais de 180.000 consultoras e processou mais de 730.000 pedidos no ano retrasado.
Em meio à crise do Grupo Silvio Santos detonada pelo rombo do banco PanAmericano, o Baú da Felicidade Crediário foi o ativo que mais chances teve de ser vendido. Com mais de 120 lojas concentradas no Sul e Sudeste do país, a rede de varejo de Silvio foi cortejada pela paranaense MM Mercado Móveis, pela mexicana Elektra e pela Casas Bahia. Silvio já afirmou que, com a venda do PanAmericano para o BTG Pactual, não pretende se desfazer de mais nenhuma empresa do grupo. Isso não quer dizer que ele não terá trabalho com o Baú. Após desativar os famosos carnês do Baú, o resultado da rede se deteriorou. Em 2009, a Divisão de Comércio e Serviços do grupo, que contabiliza seu desempenho junto com o da Liderança Capitalização, apresentou prejuízo de 23,4 milhões de reais. No ano anterior, o lucro fora de 2,6 milhões.
Comprada pelo Grupo Silvio Santos em 1975, a Liderança Capitalização é mais conhecida pela Tele Sena, título de capitalização que se popularizou com a maciça divulgação no SBT, a emissora de televisão do empresário e apresentador. Não há informações específicas sobre o faturamento ou lucro da Liderança. A empresa integra a divisão de Comércio e Serviços do grupo, que também administra o Baú da Felicidade Crediário, a rede de varejo de Silvio.
A emissora de Silvio Santos sempre serviu como a melhor vitrine para que o empresário divulgasse seus outros negócios, como a Tele Sena e o extinto Carnê do Baú. A empresa, porém, vem perdendo espaço para a Record na disputa pelo segundo lugar em audiência. Em meio à crise do PanAmericano, o apresentador chegou a declarar publicamente que o SBT só seria vendido em último caso. De 2008 para 2009 (últimos dados disponíveis), a receita líquida do SBT subiu12%, para 735 milhões de reais. Seu lucro foi de 44,2 milhões - um salto de 335% de um ano para outro. O resultado, porém, foi impulsionado pelo resultado financeiro líquido de 30,8 milhões de reais, que reverteu perdas de 19,4 milhões obtidas no ano anterior. Compondo uma rede com cerca de 100 emissoras, o SBT alcança mais de 4.800 cidades brasileiras.
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